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NASA revela novas imagens do cometa 3I/ATLAS capturadas por diversas espaçonaves

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Divulgação/NASA
Divulgação/NASA

A NASA divulgou, nesta quarta-feira (19), novas imagens do cometa 3I/ATLAS capturadas por diversas espaçonaves posicionadas em diferentes pontos do espaço. Os instrumentos responsáveis pelos registros do objeto interestelar têm como objetivo principal acompanhar a atividade solar, de Marte e até mesmo asteroides.

As imagens recém-divulgadas foram capturadas entre setembro e outubro e oferecem novos dados para que astrônomos analisem mais detalhadamente as características do objeto, descoberto no início de julho.

Segundo a agência espacial norte-americana, um dos destaques das novas imagens é a estreia de missões como o Solar Terrestrial Relations Observatory (STEREO), o Polarimeter to Unify the Corona and Heliosphere (PUNCH) e o Solar and Heliospheric Observatory (SOHO) em observações voltadas especificamente a esse tipo de objeto espacial.

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“Apesar de já terem observado e descoberto milhares de cometas, esta é a primeira vez que as missões de heliofísica da NASA observam, conscientemente, um objeto originário de outro sistema solar”, destacou a agência em comunicado.

3I/ATLAS pelas lentes das missões de heliofísica

O STEREO observou o objeto entre os dias 11 de setembro e 2 de outubro. Suas imagens foram obtidas por meio de técnicas de processamento e sobreposição (empilhamento) dos registros.

Esses procedimentos foram realizados pelo telescópio Heliospheric Imager-1, instalado a bordo da espaçonave, que gerou diversas imagens nas quais o cometa aparece como um leve brilho ao centro.

A capacidade de observar áreas do céu próximas ao Sol também permitiu que o PUNCH registrasse o 3I/ATLAS enquanto ele passava perto da nossa estrela. Esses registros foram feitos entre 20 de setembro e 3 de outubro.

A combinação das múltiplas observações da PUNCH no período resultou em imagens em que o objeto interestelar se destaca em relação às estrelas ao fundo, ao mesmo tempo em que evidencia a cauda do cometa.

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A espaçonave SOHO — resultado de uma parceria entre a Agência Espacial Europeia (ESA) e a NASA — observou o 3I/ATLAS entre os dias 15 e 26 de outubro. Nesse período, o conjunto de instrumentos LASCO detectou o cometa a aproximadamente 358 milhões de quilômetros de distância.

Apesar de menos nítidas que as geradas pelas outras missões, as imagens capturadas pela SOHO também mostram um ponto brilhante na região central do campo de visão.

Imagens do cometa capturadas diretamente de Marte

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Três espaçonaves da NASA em Marte também observaram o cometa 3I/ATLAS. A sonda Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) capturou uma imagem do objeto no dia 2 de outubro com a câmera HiRISE — enquanto ele estava a cerca de 30 milhões de km de distância.

“Uma das maiores contribuições da MRO para o trabalho da NASA em Marte tem sido a observação de fenômenos na superfície que só a HiRISE consegue detectar. Esta é uma daquelas ocasiões em que também podemos estudar um objeto espacial que está passando”, destacou em comunicado Leslie Tamppari, cientista do projeto no Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA.

Entre os dias 27 de setembro e 6 de outubro, foi a sonda Mars Atmosphere and Volatile Evolution (MAVEN) que fez registros do objeto interestelar com sua câmera IUVS. O resultado foram imagens em ultravioleta que mostram a coma do cometa.

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“Sentimos muita adrenalina ao ver o que tínhamos capturado. Cada medição que fazemos deste cometa ajuda a abrir um novo caminho para a compreensão dos objetos interestelares”, disse Justin Deighan, investigador principal da MAVEN.

O rover Perseverance também capturou imagens do 3I/ATLAS diretamente do Planeta Vermelho. No dia 4 de outubro, a câmera Mastcam registrou o cometa como uma mancha tênue com estrelas ao fundo em duas diferentes imagens.

Lucy também capturou imagens do objeto interestelar

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Entre os dias 15 e 17 de setembro, a sonda Lucy — projetada para observar asteroides troianos de Júpiter — também direcionou seu instrumento de alta resolução, o L’LORRI, para o cometa 3I/ATLAS.

A cerca de 386 milhões de quilômetros de distância, a missão registrou diversas imagens do corpo celeste e, com a sobreposição dos dados, conseguiu evidenciar tanto a coma quanto a cauda do cometa.

Aproximação máxima do 3I/ATLAS com a Terra

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Após a divulgação dessa nova série de imagens, a expectativa agora volta-se à aproximação máxima do 3I/ATLAS com a Terra. A distância mínima será de cerca de 274 milhões de quilômetros — quase o dobro da distância entre nosso planeta e o Sol — e ocorrerá no dia 19 de dezembro.

Apesar de não representar qualquer ameaça, os cientistas destacam que essa passagem pelo Sistema Solar é crucial para captar detalhes de suas características — como origem e composição — antes que o visitante interestelar retorne ao espaço profundo.

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