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NASA pode enviar robôs saltitantes movidos a vapor a luas do Sistema Solar

Por| 03 de Julho de 2020 às 12h54

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NASA/JPL-Caltech
NASA/JPL-Caltech
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Futuras sondas robóticas espaciais poderão procurar vida alienígena utilizando o vapor para se locomoverem. Ao menos essa é a proposta de uma equipe do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA, que está testando um conceito de robôs capazes de pular e voar impulsionados pelo vapor produzido por gelo derretido.

Batizado de SPARROW (sigla para Steam-Propelled Autonomous Retrieval Robot for Ocean Worlds), o robô tem o tamanho de uma bola de futebol e poderia percorrer grandes distâncias em luas geladas como Europa, de Júpiter, ou Enceladus, de Saturno. Com o ambiente de baixa gravidade, não há uma atmosfera espessa para atrapalhar os saltos e voos.

Essa abordagem seria extremamente útil em terremos complexos, como o de Europa. Em luas assim, os robôs podem encontrar muitas dificuldades caminhar por causa de fendas, gelo poroso e lâminas de gelo, mas o SPARROW poderia superar esses obstáculos simplesmente saltando sobre eles, impulsionado por vapor.

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Caso a ideia seja levada adiante, uma série de robôs SPARROW podem chegar à lua em um lander. Depois do pouso, o lander derreteria gelo para alimentar cada um dos robôs, preparando-os para realizarem suas pesquisas através do gelo. Assim, cada SPARROW aqueceria a água dentro de seus motores, produzindo assim o vapor necessário para saltar da superfície.

Os SPARROWs se locomoveriam a uma distância segura do módulo de pouso, assim poderiam voltar à base sempre que precisassem de reabastecimento. Nesse momento, também poderiam entregar ao módulo amostras científicas para análise.

Este projeto recebeu financiamento da primeira fase do programa Innovative Advanced Concepts, da NASA, em 2018. Isso permitiu que a equipe de design explore as ideias e aprimore o conceito para levá-lo ao nível de prontidão tecnológica. Até agora, a equipe avaliou diferentes ideias para sistemas de propulsores à base de água que produzem vapor com eficiência.

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Eles também fizeram simulações em computador para saber como os robôs se moveriam ao explorar o gelo. Com isso, eles puderam determinar os ângulos e velocidades de salto mais eficientes para que o robô possa se movimentar sem sofrer nenhum acidente. "A partir disso, e dos cálculos de propulsão relacionados, fomos capazes de determinar que um único salto longo seria mais eficiente que vários saltos menores", disse Meirion-Griffith, líder do projeto.

No entanto, uma possível missão SPARROW ainda está longe de se tornar real. A equipe ainda precisa ter o projeto aprovado e financiado pela NASA e, só então, começará de fato a ser desenvolvida. O lançamento só deve ocorrer (se acontecer) daqui a alguns anos, ou mesmo décadas.

Fonte: Space.com