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NASA divulga novas imagens da Nebulosa do Caranguejo feitas pelo James Webb

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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NASA, ESA, CSA, STScI, Tea Temim (Princeton University)
NASA, ESA, CSA, STScI, Tea Temim (Princeton University)

A NASA divulgou uma nova imagem da Nebulosa do Caranguejo, um remanescente de supernova encontrado a 6.500 anos-luz da Terra. A foto é um mosaico feito por dados capturados pelo telescópio James Webb, e revela diversas estruturas nunca vistas antes neste misterioso objeto. 

Entre elas, estão formações entrelaçadas feitas de inúmeros grãos de poeira. Elas aparecem em tons de magenta, e podem ser vistas no canto superior direito e na parte inferior esquerda da nebulosa. 

Além de sua beleza, a Nebulosa do Caranguejo é um remanescente de supernova incomum. Até então, sua composição química e explosão pouco energética poderiam ser explicados por esta ser uma supernova de captura de elétrons, uma explosão vinda de uma estrela com núcleo de oxigênio, neon e magnésio, não de ferro.

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“Agora, os dados do Webb ampliam as interpretações possíveis”, disse Tea Temim, autor principal do novo estudo que descreve as observações. “A composição do gás não exige mais uma explosão de captura de elétrons, mas também pode ser explicada por uma supernova de núcleo de ferro com colapso fraco”, sugeriu. 

Como você deve ter suspeitado, a Nebulosa do Caranguejo é uma grande nuvem de detritos lançados ao espaço por uma estrela que explodiu em supernova a 6.500 anos-luz de nós. A detonação do astro foi vista por astrônomos da China em julho de 1054, que a registraram como uma “estrela visitante”. Os documentos da época apontam que tal “estrela” foi tão brilhante quanto Júpiter, e desapareceu depois de um mês.

Desde a explosão, o envelope de material gasoso da estrela vem se expandindo por cerca de 1.500 km/s, e hoje formam uma estrutura com cerca de 11 anos-luz de comprimento. Como está próxima da Terra, a Nebulosa do Caranguejo é um dos remanescentes de supernova mais estudados pelos astrônomos.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista The Astrophysical Journal Letters.

Fonte: The Astrophysical Journal Letters, NASA