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NASA considera vender viagens turísticas à Estação Espacial Internacional

Por| 19 de Novembro de 2018 às 22h30

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Reprodução/NASA
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Que a Estação Espacial Internacional (ISS) deve ser privatizada dentro de alguns anos, a fim de que seja possível continuar em operação, já não é mais nenhuma novidade. Mas a novidade, agora, é que a NASA está considerando vender assentos das naves que levam astronautas à ISS para viajantes turísticos.

A informação é do Washington Post, observando que a Rússia já fez o mesmo no passado como forma de levantar ainda mais recursos para custear seus projetos espaciais. E esse seria também o objetivo da agência espacial dos EUA, que se vê com orçamentos apertados para seus projetos futuros. Vale lembrar que as empresas espaciais privadas (como SpaceX, Virgin Galactic e Blue Origin, por exemplo) vêm falando no turismo espacial há uns bons anos e, portanto, é somente questão de tempo para que isso comece a acontecer na prática.

Até então, a NASA não permite a participação de civis em seus lançamentos. Uma exceção em sua história foi a da professora Christa McAuliffe, que faleceu a bordo do ônibus espacial Challenger que explodiu em 1986. Mas um subcomitê consultivo da NASA já aprovou a ideia de iniciar um programa turístico rumo à ISS, com a proposta estando em fase inicial, por enquanto, até que seja aprovada por todo o conselho consultivo e, enfim, autorizada por Jim Bridenstine, administrador da NASA.

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"A realidade é que estamos em uma nova era agora", disse Bridenstine em relação à proposta, que já está rendendo polêmicas. Além de vender assentos, a agência espacial também avalia a perspectiva de permitir que seu logo seja usado para fins comerciais, permitindo, também, que seus astronautas apareçam em peças publicitárias para impulsionar a marca da agência.

A Casa Branca vem tentando acabar com o financiamento direto para a ISS, que só deve funcionar nos moldes atuais até o ano de 2025. Depois disso, a ideia é privatizar a estação espacial, contando com as empresas privadas para manter tudo funcionando e viabilizar que novos estudos continuem sendo feitos por lá. E a venda de assentos para a ISS pode representar um pequeno passo a este futuro próximo, com a NASA podendo cobrar milhões de dólares por cada passagem. A receita gerada com essas vendas seria usada para "facilitar a comercialização de plataformas espaciais dentro e além" da baixa órbita da Terra, de acordo com o grupo consultivo da agência espacial.

Outra ideia polêmica que vem sendo discutida é a de vender direitos de nomenclatura para os futuros foguetes da NASA. Ainda que Bridenstine acredite que isso seja algo difícil de acontecer, o comitê insite ser uma boa ideia a realização de "atividades promocionais baseadas no espaço que poderiam melhorar o perfil público da NASA e encorajar jovens a seguir carreiras em ciência, tecnologia, engenharia e matemática".

Então, além de ver pessoas afortunadas viajando para a ISS (seja por meio das empresas privadas ou pela própria NASA), no futuro pode ser que celebremos o lançamento bem sucedido de foguetes chamados "Microsoft" ou, quem sabe, "Facebook" — do jeitinho que a ficção previu em Clube da Luta, que, em determinado momento, profetizou que: "Quando a exploração do espaço profundo aumentar, serão as corporações que nomearão tudo: a esfera estelar IBM, a galáxia Microsoft, o planeta Starbucks."

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Fonte: Washington Post