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NASA avalia duas novas missões para estudar a natureza do espaço em 2024

Por| 29 de Agosto de 2019 às 09h19

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A fim de estudar a natureza fundamental do espaço, a NASA acaba de selecionar duas propostas de missões que competirão entre si nos próximos meses, com a escolhida sendo lançada em 2024.

Ambas focam em estudos que podem nos ajudar a entender melhor como o espaço funciona e como ele reage em resposta às mais diversas atividades, incluindo a ação da atmosfera de planetas, a radiação do Sol e as partículas interestelares.

As duas propostas escolhidas receberão US$ 400 mil cada para conduzir um estudo de conceito de missão por nove meses. Depois desta etapa, a NASA vai escolher qual das propostas será mesmo lançada em 2024 como uma carga útil secundária da sonda Interstellar Mapping and Acceleration Probe (IMAP), que analisará como a heliosfera interage com o vento interestelar. O custo total desta empreitada é de US$ 75 milhões, contando com financiamento do programa Solar Terrestrial Probes, da própria NASA.

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A ideia é que a missão escolhida seja enviada a um Ponto de Lagrange entre a Terra e o Sol, o que ajudará a nave a manter sua posição com pouco consumo de combustível. É que, entre dois objetos massivos no espaço, existem pontos específicos onde a gravidade de um acaba "cancelando" a do outro, e justamente nesses pontos é possível que um objeto pequeno e pouco massivo (como um satélite) permaneça com a mesma velocidade angular, sem ser influenciado pelas "danças" orbitais.

Abaixo, você confere um pouco sobre os dois projetos:

SIHLA (Spatial/Spectral Imaging of Heliospheric Lyman Alpha)

A ideia aqui é estudar a heliosfera com mais afinco. A heliosfera é a "esfera" de influência do Sol no espaço, representando até onde o vento solar tem alcance, e até hoje não se tem certeza de suas dimensões exatas, ainda que a ciência tenha estimativas palpáveis quanto a isso. O limite da heliosfera é chamado de heliopausa, e instrumentos a bordo das sondas Voyager 1 e 2, lançadas em 1977, confirmaram que a heliosfera se estende muito além do Sistema Solar, provavelmente a até 100 unidades astronômicas a partir do Sol — uma unidade astronômica é aproximadamente a distância média entre a Terra e o Sol, com valor estabelecido em aproximadamente 150 milhões de km.

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Esse conhecimento foi possível porque as Voyager ainda enviam dados para a Terra e já saíram da heliosfera, entrando oficialmente no espaço interestelar, ainda que permaneçam no território do Sistema Solar — área que vai além da borda externa da Nuvem de Oort, onde há uma coleção de pequenos objetos que ainda estão sob alguma influência da gravidade do Sol.

Voltando à missão SIHLA, a NASA explica que a ela "mepearia o céu inteiro para determinar a forma e os mecanismos subjacentes da fronteira entre a heliosfera, a área de influência magnética do nosso Sol e o meio interestelar, fronteira conhecida como heliopausa, e as observações coletariam luz ultravioleta emitida por átomos de hidrogênio".

GLIDE (Global Lyman-alpha Imagers of the Dynamic Exosphere)

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Já este projeto pretende examinar a tênue atmosfera superior da Terra, área chamada de exosfera, e faria isso observando a luz ultravioleta emitida pelo hidrogênio. O objetivo seria aprender como o "clima espacial" ou a variabilidade do Sol podem interferir nas comunicações de rádio no espaço.

"A missão preencheria uma lacuna de medição existente, já que apenas algumas imagens foram feitas anteriormente fora da exosfera. A missão reunia observações em alta velocidade, com uma visão de toda a exosfera, garantindo um conjunto de dados verdadeiramente global e abrangente", explica a NASA.

Fonte: NASA