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NASA ainda está otimista sobre sumiço de rover Opportunity em Marte

Por| 17 de Agosto de 2018 às 16h25

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NASA ainda está otimista sobre sumiço de rover Opportunity em Marte
NASA ainda está otimista sobre sumiço de rover Opportunity em Marte

A NASA se manifestou oficialmente sobre o silêncio da Opportunity, o rover espacial que está desde 2004 no solo de Marte. O aparelho não responde desde 10 de junho quando uma tempestade de areia tomou conta da região onde o rover estava, tampando, assim, a oferta de luz solar que alimenta o aparelho.

Em post oficial, o Jet Propulsion Laboratory (JPL), onde cientistas trabalham com dados enviados pela Opportunity, informou que a expectativa é de que a tempestade de areia já esteja baixando. Dessa forma, é possível que o rover ainda consiga recuperar as energias para refazer contato com a terra. Neste caminho, o cenário ainda é de esperança.

“Ninguém sabe dizer como ele está até que ele se comunique. Mas as informações que o time tem mostram razões para otimismo: eles fizeram vários estudos sobre o estado da bateria antes da tempestade e sobre temperatura no local. Por conta de a bateria estar relativamente em bom estado antes da tempestade, não é provável que tenha tido muita degradação”, explica a NASA.

Ainda, o grupo levanta que o aparelho entrou na tempestade em um local de verão em Marte, permitindo uma boa manutenção da temperatura.

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Luminosidade

O JPL usa uma unidade de medida de luminosidade chamada tau. Quanto maior este número, menos luz o veículo está recebendo. Eles explicam que a média de Marte é de 0,5, sendo que o registrado em 10 de junho, antes do veículo apagar, era de 10,8. Para que ele se recupere, é preciso que este número caia para baixo de 2.

Para ter uma noção de quando e se isso vai acontecer, a agência passou a usar a sonda Mars Reconnaissance Orbiter para verificar a atmosfera do planeta e tentar medir o tau. Como o aparelho (caso ainda esteja funcionando) religa de tempos em tempos em busca de luz solar, ele emite ondas de rádio com frequências que os cientistas esperam ainda captar.

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Emergência

A Opportunity é preparada com três modos de emergência que podem ter sido acionados no aparelho. O primeiro é chamado de “Low-power fault”, falha por falta de bateria. Aqui, o rover entra em modo de hibernação e religa de tempos em tempos para verificar se há luz para recuperar. É neste estágio que os engenheiros acreditam que a Opportunity entrou em 10 de junho.

Outro problema possível é com o relógio interno do aparelho. Se ele não sabe efetivamente que horas são no local, não haverá um input para que ele tente buscar o sol quando estiver de dia. Contudo, para isso, ele é programado para utilizar outros sensores como variação de luz para ter uma noção do tempo.

Por fim, uma terceira falha pode ser relacionada ao sistema de comunicação. Quando os equipamentos de comunicação normais do dispositivo param de funcionar ou apresentam defeito, a Opportunity começa a procurar outras formas de comunicação que não a primária.

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Assim que o aparelho responder, contudo, a saga não estará finalizada. É possível que ele se comunique e entre em outro momento de hibernação. Entretanto, pelo menos, eles saberão que o dispositivo ainda funciona, bem como podem atualizar as características dele e do ambiente em que está.

Com todos os dados em mãos, é possível saber se há segurança para fazer o aparelho ligar totalmente de novo e continuar as análises.

O laboratório ainda acredita no Opportunity e lembra que o veículo já passou por outras tempestades, embora não por tanto tempo. Ainda, se a sonda perdeu muita bateria no processo e ficou por bastante tempo desligada, pode ter tido sua capacidade reduzida.

A missão Opportunity começou em 2003, sendo que o rover chegou em Marte em 2004. Nestes quase 15 anos no Planeta Vermelho, o aparelho já levantou muitos dados ainda a serem explorados pelos cientistas. A expectativa era de que ele sobrevivesse no local por apena 90 dias, mas ele continua funcionando desde então. Ou seja, o idoso aparelho já sobreviveu muito mais que o esperado. Sendo assim, ainda há esperança.

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Fonte: JPL