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Não, nós não encontramos água pela 1ª vez em uma "Terra 2.0"; entenda!

Por| 17 de Setembro de 2019 às 15h35

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NASA/ESA
NASA/ESA

Na última semana, a mídia internacional noticiou, eufórica e de maneira errônea, que a ciência havia encontrado água em um exoplaneta do tipo "Super Terra" na zona habitável de sua estrela, o que teria acontecido pela primeira vez na história. Mas não, a coisa não foi bem assim: a notícia que o Canaltech publicou foi bem cautelosa neste sentido, dizendo que o que foi encontrado foram indícios de vapor de água na atmosfera do planeta K2-18b, que, sim, fica na zona habitável de seu sistema, porém não é um planeta rochoso como a Terra, sendo na verdade um planeta majoritariamente gasoso.

Eathan Siegel, Ph.D em astrofísica, publicou um artigo na Forbes a respeito, com o objetivo de esclarecer o que a mídia vem noticiando de maneira até mesmo sensacionalista. Ele diz que "não só não encontramos água em um exoplaneta semelhante à Terra, como também não conseguiremos [fazer isso] com a tecnologia atual".

O K2-18b não é parecido com a Terra e tampouco deve ter água líquida em sua superfície (se é que tem alguma superfície abaixo de sua espessa atmosfera), ainda que ele seja, verdadeiramente, o primeiro exoplaneta conhecido em uma zona habitável a abrigar água de alguma maneira. O cientista afirma que ele não é rochoso mesmo, pois "sua massa e raio são muito grandes, necessitando de um grande envelope de gás ao seu redor" e "se sua atmosfera fosse como a da Terra, ela seria indetectável pelos instrumentos atuais".

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Siegel ainda afirma que o K2-18b "é um mini-Netuno: interessante, mas não é o exoplaneta habitável que estamos procurando". Para que essa descoberta aconteça, será preciso contar com novos observatórios, maiores e mais sofisticados do que os que temos à disposição no momento. Então somente quando for inaugurada a próxima geração de grandes telescópios em Terra, além dos futuros observatórios espaciais, é que poderemos, quem sabe, comemorar a descoberta de uma "Terra 2.0". Até lá, seguimos dando "passos de formiguinha" estudando os exoplanetas que já descobrimos com as tecnologias do momento — mas sem sensacionalismo, hein!

Fonte: Forbes