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Mistério de 50 anos sobre a magnetosfera terrestre é resolvido

Por| Editado por Patricia Gnipper | 24 de Janeiro de 2023 às 10h20

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Lucile Turc ja Vlasiator-tiimi / Helsingin yliopisto
Lucile Turc ja Vlasiator-tiimi / Helsingin yliopisto

As ondas criadas por ventos solares parecem escapar misteriosamente da região formada pela magnetosfera do nosso planeta. Após 50 anos, os cientistas finalmente descobriram como isso ocorre: na verdade, essas ondas são clones das originais.

Quando os ventos solares chegam ao nosso planeta, o campo magnético da Terra protege o planeta das partículas carregadas do Sol. Durante o processo, ondas eletromagnéticas aparecem nos telescópios como pequenas oscilações do campo magnético da Terra.

As ondas podem causar alguns problemas para nosso planeta, como acelerar partículas até atingirem altas energias, transformando-as em ameaças para sistemas eletrônicos em órbita terrestre e nos sinais de comunicação. Os observatórios no lado terrestre voltado para o Sol costumam registrar essas oscilações complexas e revelam uma relação entre as ondas de diferentes regiões.

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Uma dessas regiões é conhecida como “choque” e se forma a partir da interação entre a magnetosfera terrestre e o vento solar supersônico enviado à Terra. O choque cumpre o papel de desviar o fluxo do vento solar e cria um abalo cheio de ondas eletromagnéticas potencialmente perigosas. Por outro lado, as tempestades solares atingem outra região, chamada “antechoque”.

O mistério que incomoda os cientistas é que as ondas do antechoque podem, aparentemente, se propagar para o outro lado do choque. Desde a década de 1970, os cientistas acreditam que existe uma conexão entre as duas propagações ondulatórias e que as ondas do antechoque podem entrar na magnetosfera da Terra, viajando até a superfície da Terra.

Para confirmar essa hipótese, no entanto, os cientistas precisavam demonstrar como as ondas atravessam a região do choque, e até hoje não foi encontrada nenhuma evidência de que isso pode acontecer.

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Em uma nova pesquisa, os cientistas criaram simulações que se provaram consistentes com as observações. Após três anos de estudo, eles descobriram que as ondas não atravessam o choque, mas são clonadas. “As ondas que vimos por trás do choque não eram as mesmas do antechoque, mas novas ondas criadas pelo impacto periódico das ondas do antechoque sobre o choque”.

Isso ocorre porque a região do choque é comprimida e aquecida pelo vento solar, enquanto as ondas do antechoque sintonizam com o choque. Como resultado, o vento solar por trás do choque muda e cria novas ondas, em conjunto com aquelas do antechoque, dando a impressão que elas atravessam de uma região para a outra.

O estudo foi publicado na revista Nature Physics.

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Fonte: Nature Physics, Universidade de Helsinque