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Meteorito que caiu na Costa Rica pode ter componentes orgânicos importantes

Por| 24 de Agosto de 2020 às 18h50

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LAURENCE GARVIE/ARIZONA STATE UNIVERSITY
LAURENCE GARVIE/ARIZONA STATE UNIVERSITY

Em 23 de abril de 2019, uma rocha espacial (que tem quase o tamanho de uma máquina de lavar) se rompeu e liberou fragmentos que caíram em vilarejos da Costa Rica. Assim, os meteoritos chamaram a atenção dos pesquisadores, pois contam com alguns componentes químicos importantes para a ocorrência de vida, além de informações sobre o passado do Sistema Solar.

Os pedaços da “bola de fogo” foram encontrados por moradores locais nos vilarejos. Estes fragmentos são especiais, pois o asteroide que os originou pertence a um estágio inicial de formação do Sistema Solar e é composto pela poeira da nebulosa que foi responsável também pela composição da nossa “vizinhança”. Estes meteoritos recebem o nome de “Aguas Zarcas”, e são considerados condritos carbonáceos, ou seja, meteoritos com alto teor de carbono. 

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Na verdade, os Aguas Zarcas são semelhantes ao meteoro que explodiu em Murchison, na Austrália, em 1969. Este objeto contava com mais de 100 aminoácidos em sua composição além de bases nucleicas, que compõem moléculas genéticas como o RNA. Dessa vez, o Aguas Zarcas chama a atenção dos cientistas porque contém componentes complexos formados por carbono - e pode ter até moléculas de aminoácidos e talvez outros componentes complexos e importantes para a formação da vida. Enquanto outras rochas do início do Sistema Solar se tornaram parte dos planetas, essa se manteve intacta e mudou ao longo do tempo através de reações químicas que geraram componentes cada vez mais complexos.

Claro, ainda é cedo para detalhar os componentes deste meteorito, até porque ele pode ter sofrido algum tipo de contaminação ao chegar na Terra. Mesmo assim, os pesquisadores estão animados com o que está por vir: com as técnicas modernas que já possuem hoje, eles poderão examinar o meteorito para procurar componentes orgânicos complexos - e, claro, entender melhor as evidências dos aminoácidos presentes nele.

Fonte: Live Science, Science