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Marte | Se alienígenas existissem no planeta vermelho, eles usariam guarda-chuva

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NASA/JPL/MSSS
NASA/JPL/MSSS

Um estudo apresentado no início de julho aponta que Marte era um lugar mais chuvoso e úmido do que os cientistas imaginavam — e, se alienígenas existissem, precisariam de guarda-chuvas para caminhar pelo Planeta Vermelho.

Os resultados da pesquisa, divulgada na Reunião Nacional de Astronomia da Royal Astronomical Society, foram obtidos após os pesquisadores analisarem canais invertidos localizados na região de Noachis Terra, no sul do território marciano.

A equipe liderada pelo cientista Adam Losekoot, da Open University do Reino Unido, identificou uma extensa rede de canais fluviais com base em imagens captadas por câmeras da sonda Mars Reconnaissance Orbiter e pelo altímetro a laser Mars Orbiter Laser Altimeter (MOLA), ambos da NASA.

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“Nosso trabalho é uma nova evidência que sugere que Marte já foi um planeta muito mais complexo e ativo do que é agora, o que é algo muito empolgante de se investigar”, afirmou Losekoot em comunicado.

Formação de canais invertidos

Além dos leitos de rios secos identificados desde a missão Mariner 9, nos anos 1970, a superfície de Marte também exibe canais invertidos. Essas formações surgem quando sedimentos deixados por antigos rios se solidificam e tornam-se mais resistentes à erosão do que o terreno ao redor, criando cristas elevadas.

No novo estudo, os cientistas concluíram que alguns desses canais — também chamados de cristas fluviais sinuosas — se formaram há cerca de 3,7 bilhões de anos, durante a transição entre os períodos geológicos Noachiano e Hesperiano.

As análises indicam que a formação dessas estruturas não foi causada por inundações repentinas, mas por precipitações consistentes, como chuva, granizo e neve.

“Estudar Marte, especialmente uma região pouco explorada como Noachis Terra, é realmente empolgante, pois trata-se de um ambiente praticamente inalterado há bilhões de anos. É uma cápsula do tempo que registra processos geológicos fundamentais de uma forma que simplesmente não conseguimos observar na Terra”, destacou Losekoot.

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Fonte: Royal Astronomical Society

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