Mancha solar causa sozinha várias erupções em apenas 12 horas
Por Daniele Cavalcante • Editado por Patricia Gnipper |

Em um intervalo de poucas horas, uma única mancha solar emitiu sete erupções médias de plasma nesta terça (11). Uma delas, inclusive, foi intensa o suficiente para afetar os pixels da sonda Solar Dynamics Observatory (SDO), e outra região do Sol causou uma ejeção de massa coronal.
- Vídeo do Sol mostra tornado 14 vezes maior que a Terra
- O que vamos descobrir sobre o Sol no próximo eclipse solar total?
A mancha está surgindo no nordeste do Sol e ela parece ser enorme. Essa suposição está no fato de que, mesmo sem aparecer no lado visível do disco solar, a mancha emitiu as sete explosões classificadas como médias (M), e o número tende a aumentar.
A erupção mais forte até agora foi de classe M6, e causou saturação nos pixels do instrumento a bordo do SDO. A luz ultravioleta do evento levou oito minutos para chegar à Terra e ionizou o topo da nossa atmosfera, criando um blecaute de rádio de ondas curtas na América do Norte.
É possível que erupções mais intensas, da classe X, aconteçam nas próximas horas. Além disso, há outras manchas solares gigantes que também podem causar novas explosões.
Nova ejeção de massa coronal
Uma ejeção de massa coronal (EMC) ocorreu no final da tarde de terça (11) e foi flagrada em tempo real pelos coronógrafos na espaçonave Solar and Heliospheric Observatory (SOHO).
As partículas das EMC viajam pelo espaço em velocidades distintas, e podem levar três dias ou mais para chegar à Terra, caso estejam vindo em nossa direção. Quando interagem com o campo magnético terrestre, essas partículas causam auroras boreais.
Especialistas do clima espacial preveem possíveis tempestades geomagnéticas fracas para a quinta-feira (13), causadas pela ejeção de massa coronal liberada na segunda (10). Se a tempestade acontecer, auroras podem aparecer no hemisfério norte.