Publicidade

Júpiter “engoliu” um planeta inteiro durante sua formação, sugere estudo

Por| 15 de Agosto de 2019 às 11h12

Link copiado!

Júpiter “engoliu” um planeta inteiro durante sua formação, sugere estudo
Júpiter “engoliu” um planeta inteiro durante sua formação, sugere estudo

Uma equipe de astrônomos sugeriu que Júpiter absorveu um planeta inteiro durante uma colisão entre os dois corpos, o que teria acontecido há 4,5 bilhões de anos. O novo estudo é uma tentativa de explicar a formação núcleo do gigante gasoso, que é uma mistura de rochas sólidas.

A equipe é formada por pesquisadores do Japão, China, Suíça e EUA, e utilizou dados da sonda espacial Juno, da NASA, para investigar a estrutura e composição de Júpiter. O estudo, publicado na revista Nature, traz a hipótese de que o impacto de Júpiter com o protoplaneta (a fase inicial na evolução de um planeta) aconteceu quando o nosso Sistema Solar estava se formando. Isso poderia explicar por que o núcleo de Júpiter é tão difuso e fragmentado.

Foram testadas outras possíveis explicações de como o núcleo do planeta se tornou tão difuso, como por exemplo uma erosão gradual causada pelos ventos de alta velocidade de Júpiter. Mas a ideia do impacto nos primórdios do Sistema Solar é não apenas uma explicação plausível, mas parece ser a que melhor corresponde aos dados observacionais.

Se os estudiosos estiverem certos, será mais um indício de que o Sistema Solar era um lugar bastante agitado, com muitos corpos grandes se chocando entre si. A própria Lua é, de acordo com a teoria mais aceita na comunidade científica, fruto do impacto do protoplaneta Theia com a Terra. Muitos pesquisadores suspeitam também que as inclinações de gigantes gasosos, como Urano, que rotaciona de lado, foram causadas por tais colisões.

Continua após a publicidade

"Nós sugerimos que as colisões eram comuns no jovem Sistema Solar e que um evento semelhante pode ter ocorrido também para Saturno, contribuindo para as diferenças estruturais entre Júpiter e Saturno”, escreveram os cientistas.

Fonte: Science Alert