James Webb quebra seu próprio recorde novamente e revela galáxia mais distante
Por Danielle Cassita |

O telescópio James Webb encontrou a galáxia mais distante já vista até o momento, quebrando seu próprio recorde outra vez. Chamada “MoM-z14”, a galáxia foi observada pelo telescópio como era apenas 280 milhões de anos após o Big Bang. A descoberta foi feita por pesquisadores liderados por Rohan Naidu, astrofísico do Instituto Masachussets de Tecnologia.
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Isso significa que a galáxia emitiu luz apenas 280 milhões de anos após o início do universo — luz esta que cruzou o espaço e, agora, chegou aos sensores do James Webb. “É bastante empolgante, isso confirma que essas galáxias muito brilhantes realmente existem”, comemorou Charlotte Mason, astrofísica que não estava envolvida no estudo.
Existem diversas formas de medir a idade de um objeto astronômico — uma delas é o chamado desvio para o vermelho. Trata-se de um fenômeno causado pela expansão do universo, que estende a luz dos objetos distantes para comprimentos de onda mais longos e, portanto, mais vermelhos.
Quanto mais a luz tiver viajado, maior vai ser o desvio. No caso, MoM-z14 tem desvio de 14,44, enquanto aquele de JADES-GS-z14-0, a galáxia mais distante anterior, chegava a 14,18. Além disso, MoM-z14 é uma galáxia bastante compacta para a quantidade de luz que emite, e mede apenas 240 anos-luz — ou seja, é 400 vezes menor que a Via Láctea.
Desde o início das suas operações em 2022, o telescópio James Webb encontrou mais galáxias antigas e brilhantes do que os cientistas esperavam, colocando em jogo algumas teorias antigas sobre o início do universo. “Esta população inesperada agitou a comunidade e levantou perguntas fundamentais sobre a formação das galáxias nos primeiros 500 [milhões de anos após o Big Bang]”, concluíram os autores.
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Fonte: LiveScience