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James Webb observa estrela "bebê" no início de sua evolução

Por| Editado por Patricia Gnipper | 16 de Novembro de 2022 às 14h01

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NASA, ESA, CSA, and STScI, J. DePasquale (STScI)
NASA, ESA, CSA, and STScI, J. DePasquale (STScI)

O telescópio James Webb revelou as características de L1527, uma estrela de apenas 100 mil anos ainda em formação, envolta por uma nuvem escura. Com o instrumento Near Infrared Camera (NIRCam), o telescópio pôde observar o interior da região de formação estelar, uma área visível somente na luz infravermelha, e capturou uma imagem impressionante da área.

A foto mostra estruturas com formato parecido com o de uma ampulheta, que oculta a protoestrela presente em seu interior. Na parte central, há um disco protoplanetário escuro, que aparece na parte central e, apesar de não parecer, tem tamanho parecido com o do Sistema Solar. A luz da estrela ilumina a parte superior e inferior, mostrando cavidades no interior do gás e poeira da região.

Veja a imagem:

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Na foto, há uma nuvem molecular formada por poeira densa e gás, ambos sendo atraídos para onde a protoestrela está. Conforme a matéria cai ali, ela gira ao redor do centro e forma um disco de acreção, um disco denso de material que vai alimentar a estrela. Enquanto ganha mais massa e é comprimida, a temperatura do seu núcleo vai aumentar, até que chegará ao ponto certo para iniciar a fusão nuclear.

As nuvens em tons de laranja e azul, repletas de cavidades, são formadas por matéria expelida pela protoestrela, que colide com os materiais presentes nos arredores. Já as cores ali são resultados das camadas de poeira entre o telescópio e as nuvens: quanto mais azul, mais fina é a poeira. Como a passagem de luz é menor onde há camadas mais espessas de partículas, surgem as áreas alaranjadas.

Outra característica interessante da imagem são os filamentos de hidrogênio molecular, afetados pelo material ejetado pela protoestrela. Com o choque e a turbulência das emissões, a formação de outras estrelas acaba inibida, de modo que a protoestrela domina a região e acaba com grande parte do material ali para si própria. Devido à densidade do disco, é possível que parte do material se agrupe e forme novos planetas.

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Com base em sua idade e brilho no infravermelho distante, a estrela L1527 é considerada bastante jovem e está na etapa mais inicial de seu processo de evolução. Ela ainda não produz energia por meio da fusão nuclear do hidrogênio, mas enquanto obtém matéria (como já está acontecendo), o núcleo dela será gradualmente comprimido, até iniciar a fusão.

Fonte: ESA