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James Webb flagra planeta que 'caiu' em estrela e foi devorado gerando um anel

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NASA/ESA/CSA/Ralf Crawford (STScI))
NASA/ESA/CSA/Ralf Crawford (STScI))

Astrônomos liderados por Ryan Lau, do NOIRLab, usaram o telescópio James Webb para estudar uma colisão dramática entre uma estrela e seu planeta, mas tiveram uma surpresa. Eles pensavam que a gigante vermelha devorou o mundo ali, mas na verdade o exoplaneta “mergulhou” na estrela. 

Tudo começou quando um instrumento do observatório Palomar, na Califórnia, mostrou que a estrela ZTF SLRN-2020, encontrada a 12 mil anos-luz de nós, ficou estranhamente mais brilhante. Análises posteriores revelaram que o astro era uma gigante vermelha que expandiu suas camadas e devorou o planeta que a orbitava. 

Na época, o aumento do brilho foi interpretado como o resultado do planeta consumido pela estrela, mas o novo estudo indica algo diferente. Com o James Webb, eles descobriram que a estrela não era brilhante o suficiente para ser uma gigante vermelha — na verdade, ela era uma estrela comum com “apenas” 70% da massa do nosso Sol

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Mas e o planeta? Bem, se não há ali nenhuma gigante vermelha para consumi-lo, a explicação deve ser outra: o planeta provavelmente colidiu com a estrela. Isso costuma ocorrer com os mundos classificados como “Júpiteres quentes”, gigantes gasosos que se formaram longe das suas estrelas e se aproximaram delas. 

Neste caso, o exoplaneta azarado deve ter se aproximado tanto da estrela que não conseguiu escapar da força das suas marés gravitacionais. “Esse planeta eventualmente começou a ‘encostar’ na atmosfera da estrela. Foi um processo de queda livre a partir dali”, explicou a coautora Morgan MacLeod. 

O sistema ainda guardava mais uma surpresa. Os astrônomos esperavam ver uma nuvem gasosa de formato indefinido, mas o James Webb revelou um disco de gás ao redor da estrela, que parece ser formador de planetas. 

A equipe suspeita que o disco é feito de parte da pluma de gás ejetado, que acabou caindo de volta para a estrela. Como este é o primeiro evento do tipo já observado, mais dados são necessários para os pesquisadores entenderem melhor o que aconteceu. 

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista The Astrophysical Journal. 

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Fonte: WebbTelescope

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