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James Webb encontra ondulações estranhas ao redor de estrela massiva

Por| Editado por Patricia Gnipper | 06 de Setembro de 2022 às 11h09

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NASA/ESA/CSA/Ryan Lau/JWST ERS Team/Judy Schmidt
NASA/ESA/CSA/Ryan Lau/JWST ERS Team/Judy Schmidt

Uma imagem do James Webb circulou pela internet e deixou muitos astrônomos intrigados. A foto, tirada em julho e publicada pela cientista cidadã Judy Schmidt, mostra anéis concêntricos em torno de uma estrela Wolf-Rayet.

Conhecida como WR140, a estrela é parte de um sistema binário localizado na constelação Cygnus, o Cisne, a cerca de 5.600 anos-luz de distância da Terra. Nessa imagem, ela está cercada por círculos concêntricos muito regulares, embora não perfeitamente redondos.

As estrelas Wolf-Rayet são muito massivas e possuem camadas externas produtoras de poeira cósmica, ricas em oxigênio, nitrogênio, silício e carbono. Esses elementos são enviados ao espaço e uma nebulosa é formada ao redor da estrela — muitas vezes confundida com nebulosas planetárias surgidas em torno de estrelas comuns.

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Entretanto, os círculos registrados pelo James Webb na imagem abaixo não parecem ter uma explicação tão fácil.

Mark McCaughrean, cientista do Telescópio Espacial James Webb Science Working Group e consultor científico da Agência Espacial Europeia, disse que, embora a estrutura azul de seis pontas seja um artefato artificial da difração da luz, o material vermelho é real.

Cientistas sabem que a WR140 é uma estrela variável (seu brilho diminui e aumenta periodicamente), mas ainda não há certeza se a variabilidade da estrela poderia estar relacionada às ondulações da imagem.

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Felizmente, o mistério não vai durar muito tempo. A imagem não passou desapercebida pelos cientistas antes da publicação de Schmidt (que, aliás, fez o trabalho de processamento da foto com os dados públicos do Webb) e um estudo sobre o fenômeno está prestes a ser compartilhada com o público.

Ryan Lau, astrônomo do NOIRLab e pesquisador principal do projeto que obteve essas imagens, disse (no tweet acima) que sua equipe já enviou um artigo sobre o assunto a um periódico científico, então resta esperar por sua publicação. Seja como for, este é apenas mais um exemplo do poder do James Webb, que já revoluciona a astronomia.