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James Webb detecta luz de estrelas em quasares distantes pela primeira vez

Por| Editado por Patricia Gnipper | 22 de Dezembro de 2022 às 19h34

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ESO/M. Kornmesser
ESO/M. Kornmesser

Com a ajuda do telescópio James Webb, astrônomos conseguiram identificar luz estelar em quasares distantes pela primeira vez. Este é o resultado de um estudo sobre quasares do universo jovem para ampliar a compreensão sobre a evolução dos buracos negros supermassivos.

Uma das maiores expectativas dos cientistas com o lançamento do James Webb, ocorrido há quase um ano, é resolver um dos grandes mistérios da astronomia: como os buracos negros supermassivos se formaram e evoluíram?

No primeiro bilhão de anos após o Big Bang, já existiam quasares incrivelmente energéticos — centros brilhantes de galáxias onde habitam buracos negros ativos, enviando uma quantidade exorbitante de matéria e energia para o espaço intergaláctico. Os pesquisadores ainda não conseguiram descobrir como esses buracos negros se tornaram tão grandes em um período tão curto após o Big Bang, sendo que parte do problema é que a luz das estrelas em tais galáxias é difícel de observar, pois os quasares ofuscam tudo ao redor.

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Agora, graças ao Webb, a luz estelar das galáxias hospedeiras de dois quasares — J2255+0251 e J2236+0032, localizados a cerca de 12,716 bilhões de anos-luz de distância — foi observada pela primeira vez.

Isso pode permitir que astrônomos compreendam melhor os processos nos primeiros quasares. Ao observar esses quasares, os cientistas estão vendo como eles eram quase há 13 bilhões de anos; logo, cada detalhe é importante para entender as condições dessas galáxias que permitiram o surgimento dos primeiros buracos negros supermassivos.

Para esse resultado, a capacidade de observação no infravermelho que só o James Webb proporciona foi fundamental. Com sua alta resolução, a luz estelar desses quasares pode ser separada do brilho emitido pelos processos de alimentação dos buracos negros. Agora, os astrônomos estão mais próximos de conhecer essas galáxias em detalhes sem precedentes.

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Os primeiros resultados da observação mostram que essas duas galáxias hospedeiras são massivas e compactas, com posições centrais curiosamente deslocadas em relação aos quasares. Isso significa que, provavelmente, os buracos negros supermassivos não estão no centro dessas galáxias, ao contrário do que geralmente ocorre.

Essa é uma característica estranha, mas não totalmente surpreendente. Para entender melhor como os buracos negros parecem “fora do lugar”, os cientistas usarão modelagens e simulações para testar algumas hipóteses prováveis.

A pesquisa, em fase de revisão para publicação na revista Nature, está disponível no arXiv.org.

Fonte: arXiv.org; via: Universe Today