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James Webb descobre estruturas brilhantes em supernova a 168 mil anos-luz

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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NASA, ESA, CSA, M. Matsuura/R. Arendt/C. Fransson
NASA, ESA, CSA, M. Matsuura/R. Arendt/C. Fransson

O telescópio James Webb encontrou pequenas estruturas em formato crescente na supernova SN 1987A. A descoberta pode ajudar os cientistas a entenderem melhor a evolução deste objeto localizado a 168 mil anos-luz de nós, na Grande Nuvem de Magalhães.

Esta supernova é resultado de uma estrela que explodiu com a energia equivalente a 100 milhões de vezes à do Sol, e vem fascinando astrônomos desde sua descoberta. Ela já foi observada pelos telescópios Hubble, Spitzer e Chandra, mas a sensibilidade sem precedentes do Webb revelou novas estruturas nela.

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Na foto, há uma estrutura central que lembra o formato de uma fechadura. A região ali aparece escura porque está preenchida por gás e poeira liberados pela supernova, e a região é tão densa que nem mesmo a luz do infravermelho médio consegue penetrar ali.

Há um anel brilhante cercando a região interna da “fechadura”, formando uma faixa que une duas estrutura de anéis externos. O anel equatorial, formado a partir do material ejetado dezenas de milhares de anos antes da explosão propriamente dita, tem pontos brilhantes formados quando a onda de choque da supernova atingiu o anel.

As manchas brilhantes estão na área exterior em relação ao anel, cercadas por emissões difusas que marcam onde a onde de choque da supernova atingiu mais material. Já as estruturas que têm formato crescente parecem fazer parte das camadas gasosas externas, liberadas pela explosão.

Elas já haviam sido observadas por outros telescópios, mas eles não mostraram tantos detalhes quanto aqueles capturados pelo Webb. O brilho destas estruturas pode indicar um fenômeno causado pelas observações tridimensionais do material em expansão, ou seja, nossa perspectiva pode nos dar a impressão de haver mais material que realmente existe ali.

Mesmo com tantos anos de estudos, ainda há alguns mistérios cercando esta supernova e a estrela de nêutrons que deveria ter sido formada após a explosão. Por isso, os cientistas vão observar o remanescente com o Webb novamente, e os novos dados podem revelar mais informações sobre as estruturas crescentes.

Fonte: NASA