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Imagem da NASA revela os lugares mais quentes do Sol

Por| Editado por Patricia Gnipper | 14 de Fevereiro de 2023 às 08h45

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NASA/JPL-Caltech/JAXA
NASA/JPL-Caltech/JAXA

O Nuclear Spectroscopic Telescope Array (NuSTAR), um dos instrumentos usados pela NASA para observar buracos negros e "cadáveres" de estrelas colapsadas, fez uma observação de raios-X emitidos pelo Sol e forneceu informações importantes sobre a estrela. A imagem gerada revela pontos azuis que indicam a localização do material mais quente na atmosfera solar, sendo que esses dados podem ser úteis para desvendar um grande mistério: por que a coroa solar é tão quente?

Com mais de um milhão de graus, a região da coroa é, de longe, a mais quente de nossa estrela — cerca de 100 vezes mais do que a superfície do Sol. Trata-se de uma área atmosférica bem tênue e de baixa densidade, visível apenas durante os eclipses solares.

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A fonte do calor da coroa solar ainda é uma incógnita para os cientistas, mas eles suspeitam que essas temperaturas venham de um fenômeno conhecido como “nanoflares”, pequenas erupções na superfície (não confundir com as erupções maiores, muitas vezes responsáveis por apagões de rádio na Terra).

Nanoflares são eventos muito menores que as erupções “normais”, mas ambos os tipos produzem material ainda mais quente que a temperatura média da coroa. As explosões maiores são bem mais raras, mas as nanoflares podem ocorrer com frequência suficiente para causar o aquecimento da coroa.

Essa é a hipótese que os astrônomos querem comprovar (ou descartar) por meio de observações, e a nova imagem do NuSTAR pode ajudar nessa tarefa. Os pontos azuis de raios-X foram sobrepostos às imagens de outros instrumentos, formando um mapa rico em detalhes em vários comprimentos de onda.

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Os raios-X de alta energia observados pelo NuSTAR aparecem em apenas alguns locais na atmosfera do Sol, enquanto os raios-X de baixa energia e a luz ultravioleta são observados por toda a parte ao redor do globo solar.

Com a sobreposição das três imagens, cada uma associada a uma das cores RBG (vermelho, azul e verde), o resultado é algo mais ou menos parecido com o que nossos olhos veriam caso pudéssemos enxergar esses comprimentos de onda.

Agora, os cientistas esperam comparar as observações do NuSTAR com as próximas imagens da sonda Parker Solar Probe, que fará sua 12ª aproximação com o Sol em breve. Ao analisar ambos os dados, a atividade na atmosfera solar pode ser melhor compreendida.

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Fonte: NASA