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Grupos de objetos congelados além de Netuno têm órbitas e origens distintas

Por| Editado por Patricia Gnipper | 21 de Junho de 2021 às 17h15

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M. Kornmesser/ESO
M. Kornmesser/ESO

No Sistema Solar, além da órbita de Netuno, há um punhado de objetos importantes para a astronomia. Eles são conhecidos como objetos transnetunianos (OTN) e carregam informações valiosas sobre a formação do nosso “quintal cósmico”, mas, devido à distância, estudá-los pode ser um desafio. Contudo, um novo estudo pode ajudar os cientistas a compreender melhor esses objetos gelados.

Liderado por Mohamad Ali-Dib, o novo artigo publicado no The Astronomical Journal descreve algumas características de dois grupos de OTNs — os muito vermelhos e os menos vermelhos (ou acinzentados). Esses grupos já são conhecidos pelos astrônomos, mas os modelos atuais costumam estudar apenas as cores desses corpos ou as suas origens, e não ambos os aspectos em conjunto.

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A equipe de Ali-Dib, entretanto, descobriu que cada um desses grupos tem um padrão orbital diferente. Para chegar a esse resultado, eles analisaram um conjunto de dados de 2019 relatados por Michaël Marsset (que também participa do novo estudo) e, através de um estudo da composição química dos OTNs, descobriram que os vermelhos e acinzentados se formaram em locais diferentes. Isso explica a diferença das cores e de suas respectivas órbitas.

Com essa descoberta, os astrônomos poderão ampliar a compreensão sobre a química inicial do Sistema Solar, o que ajudará muito a aprimorar os modelos matemáticos, de acordo com Ali-Dib. “Com mais dados, o trabalho da nossa equipe poderia ser aplicado a modelos mais detalhados do Sistema Solar e tem o potencial de revelar novos insights sobre o Sistema Solar e como ele mudou ao longo do tempo”, disse. Além disso, o artigo é mais um passo em direção ao melhor entendimento sobre o Cinturão de Kuiper, a área além de Netuno composta por objetos de gelo, onde se originaram alguns cometas.

Fonte: NYU