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Geólogos encontram cratera australiana que pode ter 100 milhões de anos

Por| 04 de Setembro de 2020 às 15h00

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A empresa Evolution Mining estava trabalhando em uma perfuração do solo na cidade de Ora Banda, na Austrália, quando encontrou algo inesperado: uma grande cratera gerada pelo impacto de um meteoro, que especialistas estimam ter ocorrido há 100 milhões anos. A cratera tem 5 km de diâmetro, e é ainda maior do que a famosa cratera Wolfe Creek, que tem mais de 800 m de diâmetro. 

A cratera não pode ser vista da superfície, de modo que os especialistas a encontraram com o uso de instrumentos eletromagnéticos. Jayson Meyes, geólogo e geofísico, comenta que essa descoberta é tanto significativa quanto inesperada: “Aconteceu em uma área onde a paisagem é bem plana. Não dava para saber que [a cratera] estava lá, porque foi preenchida ao longo do tempo”. Para ele, ao considerar os níveis de erosão, posição e uma amostra do solo, é possível que a cratera tenha 100 milhões de anos de idade. A estimativa será validada por pesquisadores da Universidade de Curtin.

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Meyes analisou algumas amostras da mineração, e encontrou sinais que indicavam o impacto de um grande objeto. Entre eles, haviam os "cones de impacto". Quando são observadas em microscópio, essas formações lembram vidro quebrado em uma certa direção, e elas só ocorrem em explosões nucleares ou por impactos de meteoros.

Os geólogos já mapearam a cratera Ora Banda, e é possível que ela tenha sido aberta por um grande asteroide. “Para causar um impacto deste tamanho, o asteroide teria que ter entre 100 e 200 metros de diâmetro” — o choque foi tão intenso que chegou a empurrar o solo para baixo devido à pressão. Depois, a Terra o empurrou de volta. Além disso, é possível que a descoberta desta cratera leve os pesquisadores a encontrar outras. 

Além disso, Meyers acredita que é possível que outros impactos já tenham ocorrido. “Nós provavelmente já fomos atingidos por mais asteroides do que imaginamos. Se começarmos a reconhecer mais dessas, a paisagem começa a mudar e precisamos nos perguntar qual é a frequência disso e por que isso acontece”. Ao identificar mais crateras, os pesquisadores podem conseguir prever melhor quando um meteorito atingirá a Terra. “Se nós conseguirmos entender mais do histórico geológico, conseguimos prever quando o próximo grande evento vai acontecer, ou ver quando outro asteroide pode nos atingir”.

Fonte: The Guardian, ABC News