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Foto do James Webb mostra grupo de galáxias unido por quasar

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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NASA, ESA, CSA, Feige Wang, and Joseph DePasquale
NASA, ESA, CSA, Feige Wang, and Joseph DePasquale

O telescópio James Webb identificou um grupo de 10 galáxias alinhadas, como se estivessem em um longo filamento. Elas existiram cerca de 830 milhões de anos após o Big Bang, e estão organizadas em uma estrutura com quase 3 milhões de anos-luz.

O grupo de galáxias é sustentado por um quasar brilhante, formado por um buraco negro ativo no coração de uma galáxia. Elas foram encontradas através do projeto ASPIRE (A SPectroscopic survey of biased halos In the Reionization Era), que investiga os ambientes dos mais antigos buracos negros.

Para isso, os membros da iniciativa vão estudar os ambientes cósmicos de 25 quasares que existiram na Época da Reionização, nos primeiros bilhões de anos após o Big Bang. Outra etapa do estudo vai investigar as propriedades de oito quasares que existiram na juventude do universo.

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Os autores já sabem que os buracos negros nestes quasares, existentes menos um bilhão de anos após o Big Bang, têm de 600 milhões a 2 bilhões de vezes a massa do Sol. E é aqui que está um dos aspectos mais misteriosos deles: os astrônomos não entendem como cresceram tanto e tão rapidamente.

Feige Wang, investigador principal do programa, propõe alguns cenários que expliquem isso. “Primeiro, você precisa começar a crescer a partir de um buraco negro massivo, como uma ‘semente’”, disse. “Segundo, mesmo que esta semente comece com massa equivalente a mil vezes à do Sol, ela ainda precisa de um milhão de vezes mais matéria à maior taxa possível em toda sua vida”, finalizou.

As novas observações trouxeram pistas importantes para este mistério. “Descobrimos que estes buracos negros estão em galáxias jovens e massivas, que oferecem o combustível para o crescimento deles”, acrescentou Jinyi Yang, cientista que lidera os estudos dos buracos negros por meio do projeto.

Por fim, o Webb revelou evidências de como os buracos negros massivos primordiais podem regular a formação de estrelas em suas galáxias. Conforme acumulam matéria, eles alimentam fluxos de matéria expelidos a velocidades extremamente altas, capazes de ir muito mais longe que o próprio buraco negro que os emitiu. Assim, os autores acreditam que estes ventos podem suprimir o nascimento estelar nestas galáxias.

Os artigos que descrevem as descobertas foram publicados na revista The Astrophysical Journal Letters.

Fonte: The Astrophysical Journal Letters (1, 2); Via: NASA