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Foto do Hubble mostra cometa interestelar em sua máxima aproximação com o Sol

Por| 13 de Dezembro de 2019 às 12h10

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NASA, ESA and D. Jewitt (UCLA)
NASA, ESA and D. Jewitt (UCLA)
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Astrônomos de todo o mundo têm observado o 2I/Borisov, cometa que veio do "jardim" de outra estrela para visitar o Sistema Solar. Não se sabe ainda de onde ele veio, ou por que está aqui, mas ele não ficará por muito tempo nas redondezas. A gravidade do Sol está desviando um pouco a trajetória do cometa, mas sua alta velocidade — cerca de 160 mil quilômetros por hora — impede que ele fique preso na órbita da nossa estrela.

O telescópio espacial Hubble tem seguido o cometa desde outubro, e já forneceu algumas imagens mais nítidas à medida que o visitante se aproxima do Sol. O Hubble já revelou que o “coração” do cometa provavelmente não tem mais de 975 metros de diâmetro, aproximadamente o comprimento de nove campos de futebol. Já sua cauda, fotografada por uma equipe de astrônomos da Universidade de Yale, parece ter quase 160.000 km de comprimento — cerca de 14 vezes o diâmetro da Terra.

Descobrir o tamanho de seu núcleo é um dos principais objetivos, já que essa é “a parte realmente importante do cometa", de acordo com David Jewitt, professor de ciência e astronomia planetária. "Surpreendentemente, nossas imagens do Hubble mostram que seu núcleo é 15 vezes menor do que as pesquisas anteriores sugeriram”, afirmou. Jewitt liderou a equipe que conseguiu a melhor e mais nítida observação do 2I/Borisov até agora.

De acordo com o professor, as imagens do Hubble mostram que o raio do cometa é, de fato, inferior a meio quilômetro. “Saber o tamanho é potencialmente útil para começar a estimar quão comuns esses objetos podem ser no Sistema Solar e em nossa galáxia”, explicou. “2I/Borisov é o primeiro cometa interestelar conhecido e gostaríamos de saber quantos outros existem”.

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2I/Borisov fotografado pelo Hubble

As duas imagens acima mostram o cometa interestelar e foram capturadas pelo Hubble, divulgadas pela NASA na quinta-feira (12). A primeira delas é do dia 16 de novembro. Nela, o cometa aparece à frente de uma galáxia espiral distante, conhecida como 2MASX J10500165-0152029.

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Já a segunda imagem, do dia 9 de dezembro, mostra o cometa logo após sua maior aproximação com o Sol, quando recebeu aquecimento máximo depois de passar a maior parte de sua existência no espaço interestelar, onde a temperatura é extremamente fria. Por ali, o cometa atingiu a velocidade de cerca de 160 mil quilômetros por hora.

E para os que estão apontando seus telescópios ao 2l/Borisov para observá-lo enquanto ele ainda está por perto, as notícias são boas: ele fará sua maior aproximação com a Terra no final de dezembro, a uma distância de 289 milhões de quilômetros, aproximadamente. Depois disso, se ele sobreviver ao calor do Sol, se afastará rumo ao espaço interestelar — para nunca mais voltar.

Fonte: NASA