Explosões solares intensas ficam cada vez mais frequentes
Por Daniele Cavalcante • Editado por Patricia Gnipper | •

Ainda estamos em março de 2023 e, com a detecção de mais uma erupção solar nesta semana, o Sol já produziu a mesma quantidade de explosões de alta intensidade registradas em todo o ano de 2022. Essas explosões são de classe X — o nível mais elevado da escala — e ficam mais frequentes à medida que nosso astro se aproxima de seu período de atividade máxima (chamado máximo solar). O próximo pico está previsto para 2025.
O evento da vez foi de categoria X1.2, aconteceu na quarta-feira (29) e surgiu da mancha solar catalogada como AR3256, perto da borda sudoeste do Sol. A radiação resultante ionizou o topo da nossa atmosfera e causou um blecaute de rádio de ondas curtas no sudeste da Ásia, Austrália e Nova Zelândia.
Explosões no Sol são classificadas com letras: A, B, C, M e X (da mais fraca para a mais forte). Embora X seja a última letra na classificação da intensidade das explosões solares, existe uma subclassificação para todas as letras, que vai de 1 a 9. Isso significa que uma explosão X9 é 10 vezes maior que um evento X1.
Uma ejeção de massa coronal (CME, na sigla em inglês) acompanhou a explosão logo em seguida, mas cientistas do NOAA (a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA) determinaram que ela não atingirá a Terra.
Apesar disso, pesquisadores ainda esperam algumas tempestades geomagnéticas para o próximo fim de semana, quando os conteúdos dos buracos coronais ejetados anteriormente chegarem à Terra.
Um dos ventos solares a caminho é estimado para chegar no dia 1º de abril, resultando em algumas auroras polares. Nenhuma outra CME parece vir em nossa direção nos próximos dias, exceto por uma pequena chance de uma delas nos atingir em 3 de abril.
O Sol, por sua vez, parece preparar algumas erupções de classe M na sexta-feira (31), a partir da mancha solar AR3256. No entanto, a Terra escapa dessa região à medida que ela gira mais longe, rumo à borda do Sol a sudeste, prestes a se posicionar do outro lado da nossa estrela.
Fonte: spaceweather.com