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Explosão de nova emite radiação inesperada e cientistas tentam explicar

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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NASA/CXC/M.Weiss
NASA/CXC/M.Weiss

Parece que as novas clássicas — anãs brancas que sofrem explosões termonucleares — não funcionam exatamente como os cientistas pensavam. Ao contrário do que diz a teoria a respeito delas, um novo estudo detectou radiação não térmica proveniente de uma das novas já conhecidas, podendo levar os teóricos de volta à prancheta.

O V1674Her é uma nova clássica (não confundir com supernova Tipo Ia), um tipo de objeto considerado simples por se tratar de uma anã branca (remanescente de uma estrela “morta”) que explodiu ao acumular gás hidrogênio além do “tolerável” em sua superfície. Esse gás vem de uma estrela companheira, que pode estar encerrando seu ciclo de fusão nuclear, prestes a se tornar uma gigante vermelha.

Quando a anã branca ganha esse acréscimo de matéria, ocorre uma ignição de fusão nuclear descontrolada, até causar uma grande explosão termonuclear. Uma nova pode chegar a 100 mil vezes o brilho do Sol, mas o tipo de radiação eletromagnética emitida é restrita à térmica.

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Agora, o novo estudo usou o Very Long Baseline Array (VLBA), um radiotelescópio do National Radio Astronomy Observatory, para observar o V1674Her e descobriu evidências de que as novas podem ser mais complexas que se imaginava: os instrumentos detectaram emissões não térmicas do objeto.

Radiotelescópios de interferometria como o VLBA podem encontrar emissões não térmicas de novas como esta, mas isso não é exatamente algo que os astrônomos tentariam fazer porque, bem, a teoria diz que seria um esforço em vão. Contudo, os autores da pesquisa estão confiantes que novas observações com outros instrumentos confirmarão a descoberta.

Não é a primeira vez que novas surpreendem os astrônomos. Em 2010, eles ficaram atônitos quando emissões de raios gama foram detectadas uma nova clássica e, mais tarde, o mesmo aconteceu em mais três objetos desse tipo.

Fonte: NRAO