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"ETs estão aqui nos observando de novo", diz autor de ufologia em evento no BR

Por| 17 de Dezembro de 2018 às 14h49

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"ETs estão aqui nos observando de novo", diz autor de ufologia em evento no BR
"ETs estão aqui nos observando de novo", diz autor de ufologia em evento no BR

No início de dezembro, aconteceu no Brasil (nas cidades de São Paulo, Curitiba e Brasília) o UFO Summit, evento de ufologia que trouxe ao nosso país dois grandes nomes desta área bastante controversa: Erich von Däniken e Giorgio Tsoukalos. Ambos falaram com o público a respeito das teorias dos "antigos astronautas", com os estudiosos exibindo evidências de que, em suas constatações, alienígenas nos visitaram em um passado muito distante, com o objetivo de acelerar nossa evolução, e que os deuses cultuados por tantas civilizações antigas, na verdade, eram justamente esses alienígenas. Ainda, ambos afirmam que os ETs estão aqui nos observando de novo, e que o dia de sua revelação estaria próximo.

Sobre os autores

Erich von Däniken, nascido em 1935, é um escritor, teórico e arqueólogo que ficou mundialmente conhecido com o livro Eram os Deuses Astronautas?, de 1968, considerado o "berço" da teoria dos antigos astronautas — Däniken, inclusive, é mentor de Giorgio Tsoukalos, apresentador do programa Alienígenas do Passado, exibido pelo History.

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A ideia básica, aqui, é que o homem primitivo foi visitado por seres extraterrestres a fim de nos apresentarem conhecimentos e tecnologias que, em nossa evolução natural, demorariam ainda mais para surgirem. Esses ETs teriam sido interpretados pelas civilizações antigas como deuses, já que teriam vindo "do céu" e teriam "poderes" considerados mágicos. Ainda, os aliens também teriam deixado muitas evidências de sua presença na Terra, que são encontradas justamente em sítios arqueológicos que a ciência moderna ainda não é capaz de explicar em sua plenitude.

Já Giorgio Tsoukalos, nascido em 1978, é escritor, produtor e apresentador de televisão, tendo em Däniken sua grande inspiração para seu trabalho na ufologia. Ele também defende a ideia de que os antigos astronautas alienígenas nos visitaram e que estão de olho na gente até hoje, aguardando o momento ideal para se revelarem mais uma vez. Em seu programa Alienígenas do Passado, Tsoukalos visita os sítios arqueológicos tidos como evidências de que os ETs estiveram entre nós na antiguidade, dando um outro olhar ao espectador com a exibição de evidências e teorias que embasam sua linha de pensamento.

Uma das questões mais antigas da humanidade

De acordo com os autores que palestraram no UFO Summit, a questão do "estamos sozinhos no universo?" estaria prestes a ser respondida para a civilização moderna, já que acreditam que os alienígenas que nos visitaram no passado estariam prontos para se revelarem novamente, dando um novo impulso à nossa evolução enquanto espécie.

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Däniken diz que, quando nos visitaram no passado, eles prometeram voltar "em um futuro distante" e "provavelmente, estão aqui agora nos observando de novo". Para o autor, os alienígenas começaram a nos visitar há milhares de anos, desde a Idade da Pedra, e análises de construções, esculturas e desenhos de civilizações antigas em toda a parte do globo terrestre indicam que eles influenciaram o ser humano da antiguidade em sua evolução.

O autor cita como grande evidência de que sua teoria é válida o Livro de Enoque, considerado um profeta por algumas religiões. Analisando os escritos em seu idioma original, sem a interferência de traduções e interpretações, Däniken entende que Enoque teria sido levado por seres de outro planeta "aos céus", onde aprendeu a língua e ensinamentos deles e, então, transcreveu tudo o que ouviu, trazendo esse conhecimento à Terra. De acordo com a Bíblia, Enoque teria sido o primeiro humano que deixou nosso planeta em uma "carruagem de fogo" (o que seria, na verdade, uma nave espacial).

E Tsoukalos entende que é muito fácil explicar por que as civilizações antigas tomaram alienígenas como deuses: "uma civilização que não tem a menor ideia das tecnologias avançadas (como as que temos hoje) de repente vê algo descendo a partir do céu, e a única explicação que encontram é a de que aquilo seria a presença de um deus, um ser mágico e poderoso, ainda que esses seres tenham sido como nós, de carne e osso". O autor ressalta essa visão com uma síntese brilhantemente elaborada por Arthur C. Clarke, célebre autor de ficção científica: "qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistinguível de mágica".

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Reforçando essa ideia de que povos que desconhecem os avanços científicos tendem a endeusar aparições inexplicáveis, Tsoukalos menciona os "cargo cults", sistema de crenças entre membros de sociedades pouco desenvolvidas no qual os adeptos praticam rituais supersticiosos na esperança de trazer benefícios fornecidos por seres avançados, equivalentes a deuses. Nesse sentido, o autor explora a história da figura John Frum, associada a cargo cults que aconteceram na ilha de Tanna, em Vanuatu (região do Pacífico Sul), na época da Segunda Guerra Mundial. O tal John Frum seria um soldado que chegou à ilha em um avião de pequeno porte, levando para lá "riquezas" como roupas e alimentos. Depois que a guerra acabou, os soldados partiram dali, com os seguidores de John Frum construindo pistas de pouso simbólicas para "atrair" os "deuses" de volta. Desfiles periódicos aconteceram ali venerando aspectos militares, como uniformes e aeronaves, na esperança de que John Frum retornasse dos céus.

O que acreditam os autores — e você decide se faz sentido, ou não

Tsoukalos começa seu discurso no UFO Summit dizendo que nós somos uma espécie de curiosos, de exploradores natos, com a curiosidade humana de descobrir e entender os mistérios do mundo (e do universo) movendo nossa evolução. Ele faz um paralelo com a época em que se acreditava que o mundo não era esférico, e que se os navios viajassem pelos oceanos, eles chegariam a um limite em que despencariam. (Nesse momento, o autor pede que se existisse algum "terraplanista" presente, ele poderia se levantar e sair do auditório — arrancando risadas da platéia). Contudo, navegantes se arriscaram para saber o que havia ali no "fim do mundo", quebrando o paradigma e, então, atestando que a Terra seria esférica, sendo possível dar a volta no planeta pelos oceanos e mares.

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Däniken entende que os alienígenas seriam, na verdade, os grandes criadores, tidos por várias religiões como deuses, já que vieram à Terra para distribuir conhecimento e, consequentemente, "criar" nossa inteligência. A ideia seria distribuir vida inteligente por todo o universo, ajudando seres primitivos nessa jornada. E Tsoukalos vai além, acreditando que, se nós somos uma criação de extraterrestres, não faria sentido eles simplesmente terem ido embora sem acompanhar a evolução de seu feito. Ele acredita que alguns continuaram nos observando esse tempo todo, e reafirma essa suspeita com o fato de que culturas antigas chamavam seres "vindos do céu" de "observadores".

E ambos têm tanta convicção em suas afirmações justamente porque estudam não somente os sítios arqueológicos que apresentam evidências de que tais construções não foram construídas apenas por humanos de suas épocas, pois não havia conhecimento científico e tampouco tecnologia para tal, como também por analisarem escritos antigos, sempre que possível de posse de seus originais — ou cópias em seus idiomas originais.

A questão é que a teoria dos antigos astronautas, que seriam os deuses cultuados por civilizações antigas, não é proveniente de uma única evidência, de uma única civilização, tampouco de uma única época da história humana. Ambos apresentam em seus livros, programas e palestras uma coleção de evidências de povos distantes uns dos outros, que viveram em épocas diferentes, e que apontam para a mesma conclusão. Há hieróglifos e artefatos, inclusive, que mostram figuras de pessoas estranhas para o que era retratado na época, com algumas delas até mesmo, na perspectiva moderna, usando trajes de astronautas, incluindo capacetes e respiradores. Então Tsoukalos questiona: "como os ancestrais teriam desenhado tais figuras, a não ser que tivessem visto algo similar?".

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Däniken também aborda a ideia de que o humano foi criado à imagem e semelhança de Deus, o que, em sua visão, somente reforça que nós fomos criados à imagem dos alienígenas e, portanto, não haveria motivo para termos medo deles. Claro, é natural sentir medo do desconhecido, mas o autor entende que os ETs seriam amigáveis, uma vez que nos ajudaram no passado e, quando se revelarem mais uma vez, não teriam a intenção de nos destruir como o cinema e a ficção científica exploram.

Ainda, Däniken entende que essa história toda de que fomos criados por ETs "não é uma questão de fé, de acreditar ou não", mas sim de aceitar as evidências que (em sua opinião) somente têm na teoria dos antigos astronautas uma explicação completa. Ele também explica que seu nicho de estudo não somente tem que lidar com religiosos, que têm em seus deuses a explicação quanto à nossa criação, como também têm os cientistas como combatentes. "Os religiosos acreditam que somos especiais porque Deus nos fez a melhor das criaturas. Os cientistas afirmam que estamos no topo da evolução. Então, ambos acreditam que somos os melhores, que não há nada como nós em todo o universo". E esse seria um dos motivos que explicam o pavor geral quanto à existência de alienígenas inteligentes, pois "se eles realmente existem, então não somos os melhores".

De qualquer maneira, os tempos modernos tornam Däniken e Tsoukalos mais otimistas, com um número cada vez maior de pessoas acompanhando a nossa evolução científica e tecnológica e concluindo que, se nós já somos capazes de explorar outros mundos e viajar para eles (como no caso do envio de astronautas à Lua, por exemplo), não há por que acreditar que outras civilizações distribuídas pelo universo não poderiam fazer o mesmo. Däniken ainda dá uma previsão para que toda a verdade seja esclarecida: "acredito que nos próximos dez anos todos saberão que fomos visitados por seres de outros mundos".

E, para Tsoukalos, de acordo com o passo da nossa evolução tecnológica atual no que diz respeito à exploração espacial, seremos capazes de construir naves com gravidade artificial, que servirão como morada espacial para várias equipes de colonizadores, explorando outros sistemas estelares, nos próximos 200 anos — isso se a humanidade não se destruir primeiro aqui na Terra mesmo.

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Já no finalzinho do evento, Däniken se mostra um otimista quanto à revelação de que os alienígenas não somente existem, mas como estão aqui entre nós. Ele entende que, quando a civilização moderna tiver a confirmação do contato com seres de outros planetas, a humanidade enfim perceberá que nós somos um só. "Sempre tivemos guerras em nossa história, mas com o contato com extraterrestres, perceberemos que somos uma humanidade que precisa ser unida, e toda a estupidez por trás do conceito de guerras entre humanos acabará".

E para Tsoukalos, essa revelação não acontecerá por meio de uma coletiva de imprensa na Casa Branca — algo que fica no imaginário popular graças à ficção. Ele acredita que a revelação já vem acontecendo, pouco a pouco, e que cada nova evidência de que os ETs estiveram aqui e nos ajudaram a crescer enquanto civilização faz com que um número cada vez maior de pessoas se acostumem com a ideia de que não estamos sozinhos no universo.