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Estudo indica que o aglomerado estelar Híades está se desfazendo

Por| 24 de Julho de 2020 às 22h30

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NASA, ESA, STSCI
NASA, ESA, STSCI

Um novo estudo ainda não revisado por pares indica que o aglomerado estelar das Híades, conhecido por estar a apenas 150 de anos luz da Terra, pode estar chegando ao final de sua vida. Para chegar a essa conclusão, foram feitas observações com o satélite Gaia sobre a velocidade das estrelas em Híades e daquelas que estão saindo do aglomerado e, assim, os cientistas descobriram que ele está chegando à sua reta final. 

Semyeong Oh, astrônoma da Universidade de Cambridge, explica que eles descobriram restar apenas 30 milhões de anos para que o aglomerado perca completamente sua massa. Pode parecer que este é um tempo razoável, certo? Entretanto, Oh explica que, se compararmos este período com a idade de Híades, ele se torna muito curto, pois o aglomerado se formou há 680 milhões de anos.

Essa não é a primeira vez que o aglomerado estelar Híades chama a atenção de pesquisadores. Em 2018, equipes de astrônomos da Alemanha e da Áustria observaram que algo estranho estava acontecendo por lá, descobrindo que diversas estrelas saíram da formação e geraram duas longas caudas em lados opostos. Isso já vem ocorrendo há algum tempo: Oh, junto de N. Wyn Evans, observaram que, em seu nascimento, Híades contava com quase 1.200 massas solares, mas, hoje, restam apenas 300 delas. Quanto mais estrelas saem, menos gravidade sobra para manter unidas as que ficaram.

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A imagem acima representa esse movimento das estrelas: em vermelho, está o aglomerado Híades, e o amarelo mostra a representação das caudas das estrelas que estão saindo dele. Algumas estrelas que já saíram são mostradas em verde, enquanto as azuis seguem o movimento do aglomerado.

No futuro, depois que o aglomerado estelar Híades se desintegrar, é provável que as estrelas que o formaram continuem vagando pelo espaço nas mesmas posições e velocidades. E, assim, elas ainda poderão ser encontradas pelos pesquisadores. "Provavelmente, Híades ainda será detectável como uma estrutura coerente na posição e velocidade do espaço". Entretanto, as estrelas estarão tão separadas umas das outras que não vão mais poder ser consideradas parte de um aglomerado.

Fonte: Science News