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Estrela explode em supernova a 70 milhões de anos-luz de distância; veja o vídeo

Por| 01 de Outubro de 2020 às 17h20

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ESA/Hubble/NASA/A. Riess/SH0ES team
ESA/Hubble/NASA/A. Riess/SH0ES team

O telescópio espacial Hubble conseguiu monitorar e registrar imagens de um dos objetos mais fantásticos do universo: uma supernova. Localizado na galáxia espiral NGC 2525, que fica a 70 milhões de anos-luz de distância, o objeto foi resultado da explosão final de uma estrela em seus últimos estágios evolutivos.

Explosões de supernovas são um dos eventos raros que os astrônomos anseiam por presenciar, pois além de incríveis, podem revelar muito sobre a própria natureza do universo. Quando uma estrela explode em supernova, seu brilho pode aumentar até 1 bilhão de vezes, podendo se tornar tão brilhante quanto uma galáxia. Mas isso dura pouco tempo, já que sua luz começa a diminuir logo em seguida até desaparecer após algumas semanas ou meses.

Esses objetos poder ser muito úteis para os astrônomos, ajudando a calcular grandes distâncias no universo, por exemplo. O problema é encontrar uma quando ainda está ocorrendo e acompanhar todo o processo, coisa que o Hubble conseguiu fazer ao longo de um ano inteiro. Essa supernova se chama SN2018gv, e foi detectada em meados de janeiro de 2018. O telescópio espacial começou a observar o brilho em fevereiro e continuou acompanhando a evolução do objeto até fevereiro de 2019.

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Como resultado, os cientistas por trás do estudo conseguiram criar um vídeo em timelapse da supernova. Como o início da observação se deu após a explosão, não podemos ver o brilho se intensificar — acompanhamos apenas o decaimento da luminosidade. Um gráfico ao lado nos mostra como a evolução é progressiva, sem oscilações.

Essa supernova é do tipo Ia, ou seja, veio da explosão de uma anã branca, que por sua vez é o resíduo de uma estrela que completou o seu ciclo de vida normal e terminou sua fusão nuclear. Essa sub-categoria também indica que a explosão ocorreu em um sistema binário de estrelas. Em outras palavras, a estrela que explodiu tinha uma “irmã gêmea”.

Devido ao brilho intenso, as supernovas funcionam como uma espécie de “farol cósmico”. Com isso, os astrônomos podem medir a distância entre a Terra e a galáxia NGC 2525, que é a galáxia onde ocorreu a explosão — e é justamente esse um dos objetivos do pesquisador Adam Riess, que liderou a pesquisa com o telescópio Hubble. Determinar com precisão a distância a galáxia ajudará a descobrir a real taxa de expansão do universo.

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Fonte:  ESA/Hubble