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Esta superterra pode ser coberta por oceano de água líquida

Por| Editado por Patricia Gnipper | 06 de Setembro de 2022 às 18h40

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Benoit Gougeon/Université de Montreal
Benoit Gougeon/Université de Montreal

Um exoplaneta descoberto a cerca de 100 anos-luz de distância pode ser um mundo oceânico. Estudos recentes descreveram esta superterra, chamada TOI-1452b, e um deles aponta que ela pode conter muito mais água em estado líquido que a nossa Terra.

O planeta orbita a estrela TOI-1452, uma anã vermelha do tipo M, e foi detectado pelo telescópio TESS pelo método de trânsito. Essa estrela tem cerca de ¼ da massa e do raio do Sol, além de ser muito mais fraco — emite 0,007 vezes da luz solar, ou seja, bem menos que a radiação do nosso Sol.

O que é uma superterra?

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As superterras são até duas vezes a massa de nosso planeta e não costumam ser muito parecidas com o nosso mundo. No caso do TOI-1452b, o exoplaneta tem cerca de 1,67 vezes o diâmetro da Terra e ser mais semelhante a ela do que outras superterras conhecidas.

Estes são os tipos mais comuns de exoplanetas vistos, assim como as anãs vermelhas são o tipo de estrelas mais presente na Via Láctea. No entanto, as superterras de 1,5 e 2 vezes o diâmetro da Terra são menos numerosos do que se espera.

Sobre o TOI-1452b

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A densidade média do planeta é de 5,6 g/cm³, aproximadamente a mesma da Terra, e seu núcleo metálico recebe uma espessa camada de material rochoso sobre si. Contudo, o mais chocante para os astrônomos é que a porcentagem de água por lá é muito maior que a da Terra.

O planeta orbita sua estrela a cada 11,1 dias, a uma distância de cerca de 9 milhões de km (1/16 da distância entre a Terra e o Sol). Isso significa que a temperatura deve ficar entre 25 e 50° C, ou seja, mais quente que a Terra, em média. Isso é mais que o suficiente para manter um oceano em estado líquido, se realmente houver água na superfície.

Essa é uma suspeita real. Usando os dados conhecidos em modelos sofisticados de composição e estrutura planetária, os astrônomos descobriram que o TOI-1452b provavelmente tem um oceano líquido sobre a superfície. Mas ainda não podemos tirar conclusões, já que outros estudos sugerem que deve haver menos água neste exoplaneta do que em nossa Terra.

Para resolver o impasse, os astrônomos poderão usar o telescópio James Web, que conta com um instrumento para identificar as moléculas presentes nas atmosferas dos exoplanetas. No final de agosto, ele encontrou dióxido de carbono na atmosfera do exoplaneta WASP-39b, e em breve poderá tirar as dúvidas sobre o TOI-1452b.

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O novo estudo foi publicado no The Astronomical Journal.

Fonte: The Astronomical Journal; via: Bad Astronomy