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Está sobrando luz no Sistema Solar, segundo dados do Hubble. Por que será?

Por| Editado por Patricia Gnipper | 09 de Dezembro de 2022 às 08h49

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Dana Berry/Harold Levison/Dan Durda/SWRI
Dana Berry/Harold Levison/Dan Durda/SWRI

Analisando milhares de imagens do telescópio Hubble, astrônomos encontraram uma “luz fantasma”, um brilho que parece sobrar nos confins do Sistema Solar. Em um novo artigo, eles afirmam que essa luz tênue é causada por uma esfera de poeira de cometas ao redor do nosso sistema estelar.

Para chegar a essa conclusão, os astrônomos classificaram 200.000 imagens do Hubble e fizeram inúmeras medições para procurar qualquer brilho de fundo residual no céu. Isso foi possível com uma técnica capaz de remover o brilho de planetas, estrelas, galáxias e poeira.

O excesso de luminosidade é tão fraco que seria equivalente ao brilho constante de 10 vagalumes espalhados por todo o céu, de acordo com a NASA. Mas essa não é a primeira vez que astrônomos encontram algo assim.

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Após visitar Plutão em 2015, a sonda New Horizons continuou viajando rumo ao espaço interestelar e observou o universo pelas “janelas” do Sistema Solar. Então, os cientistas notaram haver luz sobrando no espaço. Essa descoberta também foi feita com a remoção dos objetos luminosos, como estrelas, galáxias, quasares e demais fontes de todo tipo de luz. A diferença entre aquela detecção e o novo brilho fantasma encontrado pelo Hubble é a localização.

No caso das imagens da New Horizons, as medições são de uma distância de 6 a 7 bilhões de km longe do Sol. Isso é muito além dos objetos do Sistema Solar; portanto, não há poeira interplanetária refletindo brilho. A luz fantasma detectada por essa sonda é de outra natureza.

Já as imagens do Hubble mostram excesso de luz em uma região bem mais próxima. Para os autores do novo estudo, ela seria o reflexo da luz solar em uma camada de poeira de cometas. Se isso estiver correto, essa camada seria uma espécie de bolha que contorna todo o Sistema Solar.

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O astrônomo Rogier Windhorst disse que “mais de 95% dos fótons nas imagens do arquivo do Hubble vêm de distâncias inferiores a 4,8 bilhões de km afastado da Terra, mas esses fótons contêm informações importantes que podem ser extraídas graças à capacidade do Hubble de medir níveis de brilho fracos com alta precisão ao longo de suas três décadas de vida”.

Dois artigos sobre a pesquisa foram publicados e estão disponíveis no The Astronomical Journal e no The Astrophysical Journal Letters.

Fonte: NASAThe Astronomical JournalThe Astrophysical Journal Letters