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Espaçonave imprimirá e montará sozinha seus enormes painéis solares no espaço

Por| 26 de Agosto de 2019 às 11h40

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Espaçonave imprimirá e montará sozinha seus enormes painéis solares no espaço
Espaçonave imprimirá e montará sozinha seus enormes painéis solares no espaço

Satélites lançados no espaço têm um obstáculo relacionado aos tamanhos e forma de seus painéis solares: a gravidade da Terra. É que as espaçonaves construídas precisam ser capazes de lidar com toda a gravidade do planeta durante toda a fase de testes. E não só isso, também precisam passar pela aceleração violenta do lançamento, o tremor, e outros fenômenos físicos. Mas essas dificuldades estão prestes a ser superadas com uma nave-robô que fabricará os painéis no espaço.

Quando uma nave chega à órbita terrestre, ela precisa desdobrar seus painéis solares em uma configuração que possa gerar energia para funcionar. O tamanho dessas peças é importante para a captação de luz, mas as condições terrestres atrapalham um pouco a fabricação das configurações ideais para o espaço. Então por que não fabricar lá mesmo, em gravidade zero? É isso o que a Archinaut One vai fazer.

Confira abaixo a simulação de um satélite cujos painéis solares são construídos inteiramente em órbita, sem nunca ter que resistir aos rigores da gravidade terrestre. Eles são quase bizarros de tão grandes, e também eficientes e rentáveis. Sem a necessidade de passar por testes aqui embaixo, não precisam ser projetados para ser mais fortes e estáveis do que o necessário para se manterem no espaço. Ainda assim são bons o suficiente para funcionar corretamente por lá.

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Esta tecnologia será colocada em teste em em 2022 pela Made in Space, uma empresa de fabricação 3D com sede em Mountain View. Em julho deste ano, a NASA anunciou que havia concedido US$ 73,7 milhões à empresa, em um contrato ajudará a financiar a construção e o lançamento da espaçonave Archinaut One para demonstrar sua capacidade de fabricar e montar componentes no espaço. Essa nave montará seu próprio sistema de energia através de impressão 3D em órbita terrestre.

Com dez metros de comprimento, os painéis serão grandes o suficiente para alimentar um satélite de 200 kg. Após fabricar a matriz no espaço, o satélite terá muito mais energia, capaz de alimentar mais ferramentas científicos, instrumentos de comunicação, entre outros equipamentos.

Com naves robóticas como essa, a ciência abre as portas para a fabricação e montagem de equipamentos como antenas de comunicações, telescópios de grande escala e outras estruturas complexas… no espaço. Pequenos satélites poderão receber sistemas de energia e refletores que, nos dias de hoje, são encontrados apenas nos satélites maiores. A carga levada nos veículos espaciais diminuiria e astronautas seriam menos expostos a riscos nos passeios espaciais.

Fonte: Universe Today