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ESA deve demonstrar seu protótipo de foguete reutilizável em 2023

Por| 16 de Dezembro de 2020 às 11h00

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ArianeGroup
ArianeGroup

Junto da empresa ArianeGroup, a Agência espacial Europeia (ESA) deu mais um passo para garantir sua entrada no mercado dos foguetes reutilizáveis: segundo um comunicado da agência, as primeiras etapas para um futuro teste do Themis, o protótipo de seu foguete reutilizável, já estão em andamento.Esse protótipo é referente ao primeiro estágio do foguete e, se tudo correr bem, deverá ser testado já em 2023. Assim, a Europa vai ter informações importantes de tecnologias que, futuramente, podem ser usadas em veículos de lançamento que posem ser total ou parcialmente reaproveitados, nos moldes do modelo de negócios da SpaceX.

A novidade veio da assinatura de um contrato na soma de 63 milhões de euros, firmado com a ArianeGroup, para trabalhar na fase inicial do Themis. A ideia é que essa etapa desenvolva a preparação das tecnologias do veículo de voo, junto de testes e demonstrações de ignição estática. Além disso, aqui entra também a preparação do segmento de solo, que será usado nos primeiros testes de “saltos” — voos curtos que alcançam alguns metros de altitude — e qualquer alteração associada ao veículo.

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O Themis tem 30 metros de altura, 3,5 metros de diâmetro e será alimentado pelo motor Prometheus, altamente versátil e capaz de fornecer 1000 kN de empuxo variável, além de ser apto a novas ignições. Na prática, isso significa que o motor pode ser aplicado no núcleo, propulsor e estágio superior. Enquanto isso, um computador de bordo atua no gerenciamento do motor e monitoramento essencial, características essenciais para a reusabilidade.

É estimado que os testes de voos suborbitais sejam feitos em 2023, mas ainda não há definições sobre o local de pouso — um possível candidato é o complexo de lançamento do foguete Ariane 5, que será disponibilizado depois da transição para o Ariane 6. Segundo Daniel Neuenschwander, diretor de transportes espaciais na ESA, o Themis terá papel importante no avanço de tecnologias para demonstrar capacidades reutilizáveis na Europa: “isso vai criar opções extras para a redução dos custos para acesso ao espaço e aumentar a flexibilidade da Europa para o oferecimento de serviços de lançamentos”.

Fonte: ESA