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Em aproximação máxima com a Terra, Marte e é filmado por observatório mineiro

Por| 14 de Outubro de 2020 às 16h50

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Damian Peach
Damian Peach

O Observatório Zênite, localizado em Monte Carmelo, Minas Gerais, aproveitou a mais recente aproximação máxima de Marte com a Terra e capturou algumas imagens ricas em detalhes do Planeta Vermelho. A gravação foi realizada entre a última terça-feira (6) e a madrugada da quarta-feira (7).

Naquela noite, a distância entre os dois planetas foi de 62,7 milhões de quilômetros, o que garantiu a Marte um brilho maior no céu noturno mesmo para os que observaram a olho nu. Uma aproximação entre os planetas ocorre a cada dois anos, mas a aproximação máxima é um pouco mais rara — acontece a cada 15 anos.

Esse fenômeno ocorre por causa da órbita altamente elíptica de Marte. As estações por lá são determinadas pela distância em que o planeta se distancia ou se aproxima do Sol, não por causa da inclinação axial, como é o caso das estações do ano que temos aqui na Terra. Ou seja: o inverno marciano ocorre quando ele está mais longe do Sol, e o verão chega quando está mais perto.

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A cada dois anos, Marte e Terra ficam alinhados com o Sol, e nesse momento, ficam próximos. Mas, a cada 15 anos, esse alinhamento coincide com o verão marciano, que é quando Marte está bem mais perto do Sol que de costume. Por consequência, fica também mais perto da órbita terrestre. Quando isso acontece, podemos ver o Planeta Vermelho no céu com mais facilidade, e os telescópios podem captar mais detalhes da superfície marciana.

Por isso, o observatório Zênite aproveitou a oportunidade para conferir como está sendo o verão marciano neste ano, e o resultado você vê abaixo.

Carlos Alberto Palhares, técnico em Tecnologia da Informação, astrônomo amador e astrofotógrafo do Observatório Zênite, explicou o que esta registrado no vídeo. "Durante a captura, ao sul, podemos observar a capa polar bem pequena, só o que sobrou dela devido ao verão no hemisfério marciano", disse. "Ao norte, um tom mais branco-azulado é o polar hood, uma nuvem de cristais de água que se forma e precede o crescimento da capa polar".

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Ele também falou que as manchas escuras vistas pelo globo “são características do relevo marciano, em destaque Syrtis Major, que parece o mapa da África”. Segundo Palhares, Marte ainda poderá ser vista com um brilho avermelhado especial por mais 8 ou 9 meses. "Só que durante esse tempo, fica cada vez mais distante e pequeninha até sumir. Quando chegar perto do Sol, você não consegue mais ver".

Além do vídeo, que levou cinco horas para ser gravado, o observatório Zênite também capturou o momento raro em que Marte foi ocultado pela nossa Lua, evento que ocorreu no dia 9 de agosto.

Fonte: Estado de Minas