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Ejeção de massa coronal causa rajada de rádio solar intensa

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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SDO/AIA/Helioviwer
SDO/AIA/Helioviwer

Durante o fim de semana, o Sol sofreu uma explosão significativa e ejetou uma massa de matéria coronal em direção à Terra, causando uma tempestade geomagnética severa com bloqueios em sinais de rádio em todo o círculo polar ártico. Em contrapartida, o evento trouxe auroras boreais de tirar o fôlego.

A sucessão de eventos começou no feriado de Tiradentes (21), quando uma erupção solar ocorreu no instante em que a Terra se colocou de frente para o filamento magnético que “explodiu”. O evento criou uma nuvem de partículas carregadas em direção à nossa atmosfera.

O resultado foi uma ejeção de massa coronal (EMC), que, aliás, formou uma tempestade solar antes do esperado. O impacto de partículas com o campo magnético da Terra ocorreu no domingo (23) e provocou uma tempestade geomagnética de classe G4 (severa).

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Logo após a erupção, ondas de choque da EMC chegaram à Terra junto de explosões de rádio solar fortes. Essas ondas também aceleraram prótons de alta energia em nossa direção a cerca de 580 km/s.

Com o impacto dessa nuvem de prótons em nossa magnetosfera, eles foram conduzidos para os polos e interagiram com a atmosfera terrestre superior. Assim, as auroras se formaram principalmente na Europa até o sul da França.

Explosões de rádio

As explosões de rádio solar são parte do clima espacial e estão relacionadas a um tipo de abafamento dos nossos sinais de comunicação baseadas em transmissão de rádio (diferente dos apagões de rádio causados por explosões solares).

Essas explosões provenientes de nossa estrela causam uma estática que sobrecarrega e abafa as transmissões dos operadores de rádio. “Poucas rajadas de rádio solar aparecem como roxo quente no meu espectrógrafo”, disse o astrônomo amador Thomas Ashcraft, do Novo México, sobre a explosão mais recente.

Os astrônomos ainda estão em alerta, com previsões de novas tempestades geomagnéticas de classe G1 (fracas) e G2 (moderadas) provenientes da ejeção de massa coronal do dia 21 de abril.

Fonte: Spaceweather.com