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Divulgada 1ª foto detalhada de estrela supergigante fora da Via Láctea; veja

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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ESO/K. Ohnaka et al., L. Calçada
ESO/K. Ohnaka et al., L. Calçada

Pela primeira vez, astrônomos conseguiram capturar imagens com zoom de uma estrela fora da nossa galáxia. O astro em questão é WOH G64, uma estrela supergigante vermelha encontrada a 160 mil anos-luz de nós na Grande Nuvem de Magalhães, galáxia satélite da Via Láctea. 

Esta estrela é 2 mil vezes maior que o Sol, mas está bem distante. Mesmo assim, ela foi observada tão detalhadamente que os pesquisadores descobriram que está cercada por um grande envelope de gás e poeira. A presença destas estruturas indica que a estrela está chegando ao fim do seu ciclo e que eventualmente deve explodir em supernova, um dos eventos mais energéticos do universo. 

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Claro, os astrônomos já capturaram uma série de fotos do tipo de outras estrelas — a diferença é que elas estavam em nossa galáxia. Para as novas imagens de WOH G64, foi necessário esperar a finalização do GRAVITY, um instrumento de segunda geração do telescópio VLTI, no Chile. Após comparar os novos resultados obtidos com o instrumento com observações anteriores da estrela, eles perceberam que ela ficou mais escura na última década.

Gerd Weigelt, professor de astronomia no Instituto Max Planck e coautor do novo estudo, comentou que eles tiveram a rara oportunidade de acompanhar a vida da estrela em tempo real. “Ela é uma das mais extremas do seu tipo, e qualquer mudança drástica pode deixá-la mais perto do fim explosivo”, comentou.

Pois bem, a estrela escureceu porque ela está perdendo suas camadas mais externas, as quais criaram um envelope de matéria em formato de ovo ao redor dela. Para a equipe, este “casulo” pode ter formato estranho devido à gravidade de algum objeto ainda desconhecido, que pode estar perto de WOH G64 e estaria influenciando-a. 

Isso significa também que talvez não seja possível tirar outras fotos parecidas com esta. É que, como a estrela está perdendo gás e poeira, ela vai ficar cada vez menos brilhante, dificultando a captura de novas imagens — e é aqui que entra o futuro instrumento GRAVITY+, que pode enfrentar o desafio. “Observações de acompanhamento semelhantes com instrumentos do ESO vão ser importantes para entender o que está acontecendo na estrela”, finalizou Keiichi Ohnaka, astrofísico que liderou o novo estudo. 

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Astronomy & Astrophysics.

Fonte: ESO

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