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Dez fatos assustadores, nojentos ou perigosos sobre astronautas no espaço

Por| 07 de Dezembro de 2017 às 19h15

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Todo mundo tem curiosidade sobre como é o cotidiano dos astronautas durante suas viagens no espaço e já se imaginou fora do planeta, nem que seja de brincadeira. Mas a verdade é que grandes transtornos aguardam nossos aventureiros desbravadores quando eles saem da Terra. Confira abaixo alguns dos desafios que eles são obrigados a superar:

10. E se alguém morrer durante uma missão?

A NASA não sabe o que fazer, caso algum dos astronautas em missão fora da Terra venha a óbito. Segundo o acordo feito com as Nações Unidas, não é permitido que se abandone o corpo no espaço porque isso seria considerado lixo espacial, devido ao risco de choque do corpo com espaçonaves e satélites.

Deixar o corpo dentro da espaçonave, aguardando para trazê-lo de volta à superfície da Terra ao retornar da missão também não é uma boa ideia, uma vez que o processo de putrefação poderia apresentar riscos de saúde para o resto da tripulação.

Para resolver esse dilema fúnebre, a NASA está desenvolvendo um método em parceria com uma empresa chamada Promessa para selar o hipotético cadáver astronauta num saco mortuário que ficaria exposto às temperaturas extremas do espaço, atado à nave. Com a exposição ao frio, o corpo congelaria ao ponto de se quebrar em pequenas partículas que poderiam ser resgatadas pela família do tripulante falecido, ao chegar na Terra.

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9. No espaço, a maromba é necessária:

Não gosta de musculação? Então o espaço não é para você. Para as missões fora da Terra, os astronautas precisam puxar muito ferro, o tempo todo.

Primeiro, porque a diminuição da gravidade vai fazer você perder massa muscular e óssea, então é bom se cuidar. Mas há um outro motivo para os astronautas estarem o tempo todo soltando o monstro: intolerância ortostática. Sabe aquela tontura que temos quando nos levantamos muito rapidamente? Pois é! No espaço ela causa tontura nos astronautas o tempo inteiro e, para que o corpo consiga administrar esse desequilíbrio, é necessário aumentar a freqüência cardíaca.

O problema é que seu coração percebe que não precisa mais fazer tanta força quanto fazia na época em que estava vivendo na superfície da Terra, com gravidade. Daí ele bate cada vez mais levemente, o que faz com que o corpo fique enjoado e tonto. A receita para isso não ocorrer? Esmaga que cresce!

8. Comida bem condimentada

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A falta da gravidade também afeta seu paladar. Os fluidos do corpo desenvolvem texturas estranhas quando estão em ambiente de gravidade baixa, inclusive a saliva e o muco. Com seu nariz permanentemente entupido, seu paladar fica alterado. Para aliviar esse incômodo, os temperos picantes auxiliam a desobstrução nasal e ativam as papilas gustativas. Desce um PF quente, beeem quente!

7. Ficar doente? Nem pensar!

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Um período de quarentena antecede a sua saída do planeta, afinal de contas você não quer espalhar as doenças terráqueas para além da Terra. As bactérias que aqui tratamos com remédios simples, quando expostas às condições espaciais, reagem de formas ainda não completamente compreensíveis aos tratamentos médicos disponíveis.
Experimentos com salmonelas mutantes que foram alteradas durante visitas no espaço mostraram que o poder de contágio é muito maior que o das salmonelas terráqueas, além de apresentarem maior letalidade.

Outra má notícia? Os remédios desenvolvidos para terapia na superfície terrestre não faz muita diferença para os microorganismos que fizeram estágio fora da atmosfera da Terra.

6. Quer bebês? Então fique na Terra

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Um experimento foi feito com ratos em ambiente de baixa gravidade para testar as possíveis conseqüências em suas fertilidades. Nos ratos machos, após seis semanas de experimentos, foram observadas diminuições impressionantes na contagem de espermatozóides, o que os tornou praticamente inférteis. Nas ratas fêmeas, o efeito foi ainda pior: após 15 dias, os ovários se tornaram inoperantes. Após o fim da experiência em gravidade diminuída, foram percebidas dificuldades na estabilização da produção de estrógeno e as células que produziam ovócitos nos ovários começaram a definhar e morrer.

Os mecanismos que levam a essa perda de fertilidade não estão completamente conhecidos pela ciência atual. Há notícias de astronautas que conseguiram conceber bebês logo após o retorno à Terra, mas a NASA se recusa a divulgar contagens de espermatozóides de seus astronautas por questões éticas de privacidade.

5. Você vai precisar beber seu próprio xixi. E talvez o xixi dos outros

É um grande problema levar água potável para o espaço. Por conta disso, os astronautas que estão em missão na Estação Espacial Internacional utilizam o Sistema de Recuperação da Água desde o ano de 2009. Então, toda a água utilizada por eles para fazer um cafézinho, escovar os dentes ou mesmo se hidratar vem do xixi que eles fazem.

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E não só do xixi produzido por eles mesmos. Cosmonautas russos se recusam a reciclar suas próprias urinas para garantir o consumo de água. Então, quando algum russo vai à ISS, ele pode contribuir com a reciclagem, disponibilizando o conteúdo de sua bexiga para ser tratado e virar água potável para algum estadunidense.

Nós aqui da Terra só podemos imaginar o tanto de piadas que isso deve gerar.

4. Ainda sobre xixi: todo astronauta usa fralda

Alan Shepard é um herói desbravador. Integrante dos projetos Mercury e Apollo, foi o primeiro estadunidense a ir para o espaço, em 1961, quando apenas Yuri Alekseievitch Gagarin já havia feito a viagem estelar. Acontece que todo desbravador está sujeito a certas condições vergonhosas por ser o primeiro a experimentar o que nunca foi experimentando até então, certo?

Quando desenvolveram o primeiro traje espacial de Shepard, esqueceram-se totalmente que uma das coisas que o corpo humano precisa eliminar com freqüência é o xixi. E não colocando nenhum dispositivo que levasse o alívio da bexiga em consideração, Alan Shepard conseguiu um outro título para si: o de primeiro astronauta a fazer xixi em si mesmo no espaço.

Para evitar o embaraço e garantir que o conteúdo da urina não estragasse as vestes espaciais, a NASA desenvolveu um dispositivo em formato de camisinha que poderia ser usado para que os astronautas eliminassem o xixi sem tantos problemas. Entretanto, com o envio de astronautas mulheres para o espaço, o dispositivo deixou de atender às necessidades urológicas por uma questão anatômica.

Então, em 1998, a NASA criou o Traje de Absorvência Máxima, uma espécie de fralda geriátrica que se parece com um short. Cada tripulante recebe três desses trajes ao embarcarem nas missões: um para ser usado na ida, outro na volta e o terceiro fica sobressalente, caso seja necessário.

E agora Alan Shepard não precisa mais ficar envergonhado.

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3. Você vai ficar mais alto, mas isso vai doer bastante

E quem não quer isso? Bem, o problema é que os quatro a seis centímetros de altura que você vai ganhar ao voltar de uma missão espacial vão te causar muita dor.

Isso ocorre porque, na gravidade baixa, sua coluna e nervos que a transpassam vão sendo esticados ao longo do tempo. Como você não vai utilizar muito os discos que ficam entre as vértebras, uma vez que não há pressão, a coluna se alonga como uma sanfona.

Então, quando você estiver na festinha surpresa que prepararam para o seu retorno, você vai ter uma coluna que se habituou a não sentir pressão lidando com toda a gravidade que está de volta agindo no seu corpo. Qualquer associação com um elástico sendo esticado e depois voltando ao formato incial é válida.

2. Para evitar doenças, você vai ter que se masturbar

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Doenças relacionadas à eliminação de urina são mesmo um problema para os astronautas, não é mesmo? E aqui vai mais um inconveniente urinário: no espaço, pessoas com pênis estão sujeitas a desenvolver infecções da próstata, enquanto pessoas com útero podem desenvolver infecções no trato urinário e bexiga.

Dos 508 astronautas que participaram de missões da NASA entre 1981 e 1998, 23 desenvolveram problemas genitourinários. Parece pouco significativo, mas lembra que remédios para bactérias simples não funcionam bem no espaço? Para você ter uma idéia do tamanho do estrago que essas bactérias podem fazer num programa espacial, Vladmir Vasyutin, cosmonauta da extinta URSS, em 1985, teve que voltar prematuramente à Terra após ser acometido por uma grave prostatite. Ele estava há apenas dois meses no espaço e sua missão na estação espacial Salyut-7 deveria ter durado seis meses, resultando em recursos desperdiçados, além da febre, dor e náuseas.

Marjorie Jenkins, assessora médica da NASA e responsável pela saúde dos tripulantes espaciais, diz que as doenças podem ser evitadas através de um simples mecanismo: a masturbação. Ela ajudaria a eliminar o líquido seminal que fica retido junto à próstata, causando a infecção.

1. Dióxido de Carbono não é um problema só na Terra  

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O dióxido de carbono é um dos poluentes mais perigosos da Terra, sendo associado a intoxicações respiratórias mesmo em pequenas concentrações. Entretanto, na Estação Espacial Internacional as concentrações chegam a níveis muito superiores que os encontrados nas cidades mais poluídas do mundo.

Outro problema é que, na Terra, o dióxido de carbono se dispersa no ar e ascende, enquanto em gravidades extremamente baixas o dióxido de carbono eliminado no processo normal de respiração não sobe, pairando sobre a cabeça do astronauta como uma nuvem, o que facilita a intoxicação. Ventiladores especiais foram instalados na ISS para evitar os males causados pelo dióxido de carbono, mas as concentrações ainda são muito altas: 6 mmHg. O maior nível recomendado para a sobrevivência humana é de 2,5 mmHg. Numa cidade levemente poluída na Terra, as concentrações são de 0,3 mmHg.

Fonte: Hypescience