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Destaque da NASA: Nebulosa do Espaguete é foto astronômica do dia

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Stéphane Vetter (Nuits sacrées)
Stéphane Vetter (Nuits sacrées)

O remanescente de supernova Simeis 147 está na foto destacada pela NASA nesta terça-feira (27). Devido aos seus vários filamentos, o objeto recebeu o apelido simpático — e saboroso! — de “Nebulosa do Espaguete”. 

Este espaguete cósmico é vasto, e se estende por uma área equivalente a seis vezes o diâmetro da Lua cheia. Para observá-lo, é preciso procurar na direção da constelação do Touro e do Cocheiro. 

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A foto acima revela um pouco do que há no interior de Simeis 147: os tons de vermelho indicam as emissões do hidrogênio gasoso, e os de azul, do oxigênio. Como seu brilho é fraco, observá-lo sem condições adequadas é bastante difícil. 

Simeis 147 é formado pela explosão de uma estrela massiva, que chegou ao fim do seu ciclo há cerca de 40 mil anos. O evento intenso deixou para trás um pulsar, uma estrela de nêutrons formada pelo núcleo da estrela.  

Supernovas e seus remanescentes

As supernovas são explosões que ocorrem durante o “último suspiro” das estrelas massivas, ou seja, aquelas que têm pelo menos cinco vezes a massa do Sol. Elas são tão violentas que podem ofuscar temporariamente as galáxias onde ocorrem, e são a principal fonte de elementos pesados (como ouro e prata) no universo.  

Já os restos deixados após a supernova são chamados de remanescentes. Eles podem ser classificados como remanescentes do tipo concha, tipo caranguejo e tipo composto. Neste último grupo, existem as subcategorias dos remanescentes compostos térmicos e pleriônicos. 

Eles são extremamente importantes para a compreensão das galáxias, porque aquecem o meio interestelar, distribuem os elementos pesados e aceleram raios cósmicos. Todos os elementos mais pesados que o ferro encontrados na Terra e no restante do Sistema Solar foram formados durante as supernovas, e seus remanescentes lançaram elementos para o meio interestelar (o gás que preenche o disco da Via Láctea). 

Fonte: APOD