Destaque da NASA: Nebulosa da Tarântula é foto astronômica do dia
Por Danielle Cassita • Editado por Luciana Zaramela |
A Nebulosa da Tarântula está na foto destacada pela NASA nesta sexta-feira (8) em seu site Astronomy Picture of the Day. Também chamada de 30 Doradus, esta grande região de formação estelar pode ser encontrada na Grande Nuvem de Magalhães, galáxia próxima da Via Láctea.
Esta é a maior e mais violenta região de formação estelar no Grupo Local, grupo de galáxias do qual a nossa faz parte. A maior galáxia do grupo é Andrômeda, seguida da Via Láctea e da Galáxia do Triângulo.
Na foto, a nebulosa aparece observada por telescópios espaciais e em solo, que capturaram diferentes detalhes da sua estrutura. Ali, a radiação intensa, os ventos estelares e as supernovas do aglomerado estelar em seu centro energizam o brilho da nebulosa, esculpindo também seus filamentos.
Uma das supernovas mais próximas já vistas nos tempos modernos está no canto inferor direito. Estamos falando de SN 1987A, remanescente de supernova que parece ter uma estrela de nêutrons em seu interior.
Nebulosa da Tarântula
A Nebulosa da Tarântula tem este apelido devido aos seus filamentos de poeira, e é um dos objetos favoritos dos astrônomos que estudam a formação das estrelas. Ela fica a apenas 161 mil anos-luz de nós, e é o lar das estrelas mais quentes e massivas que conhecemos.
Entre os motivos pelos quais ela é tão interessante para os cientistas, está sua composição, que é bastante parecida com berçários estelares observados durante o amanhecer cósmico. Na época, o universo tinha alguns poucos bilhões de anos e formava estrelas a todo vapor.
Hoje, as regiões de formação estelar na Via Láctea não formam estrelas com a mesma intensidade observada na Nebulosa da Tarântula, e têm composição diferente. Assim, Doradus 30 é o exemplo mais próximo (e mais fácil de ver em detalhes) daquilo que estava acontecendo quando as primeiras estrelas se formaram.
O James Webb observou Doradus 30 em 2022 e revelou estrelas jovens nunca vistas antes em sua estrutura. Ainda, o observatório proporcionou novos detalhes sobre a estrutura e composição do gás e poeira da nebulosa.
Fonte: APOD