Destaque da NASA: "flor" da Nebulosa da Roseta é a foto astronômica do dia
Por Danielle Cassita • Editado por Patricia Gnipper |

Nesta segunda-feira (6), a foto em destaque no site Astronomy Picture of the Day traz a Nebulosa da Roseta. Catalogada como NGC 2237, esta "flor cósmica" é o lar de um aglomerado estelar brilhante, que se formou há poucos milhões de anos a partir do gás presente ali.
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A imagem foi produzida a partir de várias exposições e cores específicas, que indicam os elementos presentes ali. Por exemplo, o enxofre aparece em vermelho, e o hidrogênio, em verde. Já o oxigênio brilha em tons azulados.
Veja abaixo:
O aglomerado estelar ali é do tipo aberto (ou seja, tem de dezenas a milhares de estrelas formadas de uma única nuvem molecular) e emite um vento quente repleto de partículas, que contribuem para a formação dos filamentos de gás e poeira na imagem.
O coração da nebulosa tem cerca de 50 anos-luz de extensão e fica a quase 5.200 anos-luz de nós. Esta grande estrutura pode ser encontrada na direção da constelação Monoceros, o Unicórnio, com o auxílio de binóculos.
A Nebulosa da Roseta
Como você deve ter percebido, a Nebulosa da Roseta pode ser descrita como uma grande nuvem de gás aquecido e brilhante aquecido por estrelas formadas há milhões de anos, quando uma nuvem molecular gigante colapsou sobre si mesma. O aglomerado ali contém estrelas quentes e brilhantes, que emitem grandes quantidades de luz ultravioleta.
Esta luz “arranca” os elétrons dos átomos que formam o gás interestelar, transformando-os em íons; depois, o material gasoso se torna plasma brilhante. A grande quantidade de oxigênio presente na nebulosa sugere que diferentes gerações de estrelas contribuíram para o enriquecimento da nuvem molecular ao longo da evolução da Via Láctea.
Outra consequência da radiação vinda das estrelas aparece na parte central da imagem: ali, há uma cavidade que irá se expandir com o tempo; em alguns milhões de anos, esta bela nuvem provavelmente terá desaparecido, deixando para trás apenas vestígios da poeira que já fez parte de sua estrutura.
Fonte: APOD