Destaque da NASA: explosão estelar é a foto astronômica do dia
Por Danielle Cassita • Editado por Luciana Zaramela |
Os restos de uma explosão cósmica estão na foto destacada pela NASA nesta terça-feira (16). Eles fazem parte do remanescente de supernova da Vela, que se formou quando uma estrela na constelação homônima chegou ao fim do seu ciclo.
Isso aconteceu há cerca de 11 mil anos; Após a explosão, um ponto luminoso se tornou visível no céu, como se fosse uma nova estrela, e formou uma nuvem de detritos com quase 100 anos-luz de extensão.
Após a explosão, as camadas mais externas da estrela colidiram com o meio interestelar, criando uma onda de choque que é visível até hoje. Esta estrutura, bem como os filamentos de matéria do remanescente, estão na foto.
A matéria gasosa se afasta da estrela detonada, e enquanto isso, decai e reage com o meio interestelar. O processo resulta na emissão de luz em diferentes cores e níveis energéticos.
E, afinal, o que aconteceu com os restos da estrela após a explosão? Saiba que o núcleo dela continua existindo ali como um pulsar, uma estrela tão densa que tem massa parecida com a do Sol, mas tem poucos quilômetros de diâmetro e dá mais de 10 voltas em torno do seu próprio eixo a cada segundo.
Remanescente de supernova da Vela
Localizado a cerca de 800 anos-luz, o remanescente da Vela é formado por vários filamentos de matéria espalhados pelo céu. Trata-se de uma das explosões cósmicas mais próximas da Terra, sendo também uma das mais históricas.
Foi durante a década de 1950 que astrônomos perceberam que este objeto era uma fonte significativa de emissões de rádio. Na década seguinte, eles relacionaram a fonte de emissões à nebulosa e seus filamentos na luz visível, que formam o remanescente na foto acima.
Alguns anos depois, astrônomos da Austrália sugeriram que o Pulsar da Vela poderia ser a origem do remanescente. Hoje, sabemos que eles acertaram — aquela foi uma das primeiras vezes em que foi sugerido que as estrelas de nêutrons nasciam de alguns tipo de supernova.
Mesmo após tanto tempo, a onda de choque da explosão estelar continua se expandindo pelo espaço, colidindo com o meio interestelar e criando filamentos. Ali, há linhas de emissão de elementos como cálcio, carbono, oxigênio e muitos outros, formados pela fusão nuclear no interior da estrela ou até pela explosão dela.
Fonte: APOD