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Destaque da NASA: exoplaneta infernal é a foto astronômica do dia

Por| Editado por Luciana Zaramela | 03 de Maio de 2024 às 13h03

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NASA, ESA, CSA, Ralf Crawford (STScI)
NASA, ESA, CSA, Ralf Crawford (STScI)

A foto destacada pela NASA nesta sexta (3) mostra como o exoplaneta WASP-43b, do tamanho de Júpiter, não é nada hospitaleiro. O motivo? Por lá, as temperaturas passam de infernais 1.000 ºC.

O exoplaneta WASP-43b fica a cerca de dois milhões de quilômetros da sua estrela — para comparação, considere que a distância média entre a Terra e o Sol é de 150 milhões de quilômetros. 

Este mundo tem o chamado bloqueio de marés em relação à sua estrela, o que significa que mantém sempre uma mesma face voltada para ela, como nossa Lua. O lado diurno do planeta chega a impressionantes 1.371 ºC, calor suficiente para forjar o ferro. O lado noturno, por sua vez, é um pouco mais refrescante, chegando a “apenas” 537 ºC. 

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Novas observações feitas com o telescópio James Webb mostram que por lá sopram fortes ventos equatoriais que ajudam na circulação dos gases atmosféricos. Assim, eles migram do lado diurno para o noturno e somente depois são esfriados. 

O espectro da luz infravermelha observada pelo telescópio sugere que o exoplaneta tem vapor d’água tanto em seu lado noturno quanto no diurno. A detecção pode ajudar os cientistas a entender melhor a composição das nuvens por lá. 

Conheça o exoplaneta WASP-43 b

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O exoplaneta WASP-43 b é do tipo Júpiter quente. Portanto, ele tem tamanho parecido com o do maior planeta do Sistema Solar e é feito principalmente de hidrogênio e hélio. Como o nome indica, ele é bem mais quente que qualquer mundo da nossa vizinhança espacial. 

Este mundo foi descoberto em 2011, e desde então foi observado por telescópios espaciais como o Hubble, Spitzer e James Webb. Embora seja um planeta pequeno e próximo demais da sua estrela para observações diretas com telescópios, seu período orbital curto favorece a chamada espectroscopia de curva de fase.

Basicamente, trata-se de uma técnica que envolve a medida de mudanças pequenas no sistema formado pelo planeta e sua estrela conforme ele viaja ao redor dela. Como a luz infravermelha emitida por um objeto depende da sua temperatura, os dados do brilho obtidos pelo Webb puderam revelar a dimensão do calor por lá. 

Uma característica curiosa do exoplaneta é que a União Astronômica Internacional aprovou um novo nome para ele: agora, este mundo se chama Astrolábos, e sua estrela, Gnomon. Os nomes são referências a instrumentos astronômicos gregos.

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Fonte: APOD