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Complicou! Sem apoio da Câmara, NASA pode ter que adiar retorno à Lua para 2028

Por| 16 de Outubro de 2019 às 22h20

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Complicou! Sem apoio da Câmara, NASA pode ter que adiar retorno à Lua para 2028
Complicou! Sem apoio da Câmara, NASA pode ter que adiar retorno à Lua para 2028
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Embora o programa da NASA para levar seus astronautas de volta à Lua estivesse agendado para iniciar em 2024, parece que o Congresso norte-americano ainda não está certo que um cronograma tão apertado seja uma boa ideia. O administrador da NASA, Jim Bridenstine, pressionado pelo prazo estabelecido pela administração de Donald Trump, foi à sede do governo dos EUA para conseguir o orçamento necessário, mas não obteve muito sucesso.

Foi em abril deste ano que o governo dos Estados Unidos pressionou a NASA para que o país retornasse à Lua em 2024, e não somente em 2028 como planejado anteriormente. A NASA aceitou o desafio, anunciou o programa Artemis, e desde então buscou no Congresso apoio para a aprovação de um orçamento que viabilizasse essa tarefa.

Durante uma reunião nesta quarta-feira (16), Bridenstine conversou com os legisladores que escrevem a versão da Câmara do orçamento direcionado à agência espacial. Essa audiência aconteceu após seis meses de tentativas por parte da NASA para obter apoio do Congresso para cumprir o novo prazo. Em setembro, um subcomitê do Senado dos Estados Unidos aprovou um orçamento que forneceria US$ 22,75 bilhões, o que seria uma boa parcela do que a agência busca para o programa Artemis - mas não o suficiente.

Contudo, na última audiência, Jose Serrano, um democrata de Nova York que preside o Commerce, Justice, Science, and Related Agencies Appropriations Subcommittee, questionou o prazo determinado por Trump. "Continuo extremamente preocupado com o avanço proposto em quatro anos desta missão". Para ele, “os olhos do mundo” estão sobre os EUA, devido ao programa Artemis, e o país não pode se “dar ao luxo de fracassar”.

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Serrano também acredita que a data de 2024 foi escolhida por razões políticas, e não técnicas. "Para muitos membros, a motivação parece ser apenas política - dar ao presidente Trump uma aterrissagem na lua em um possível segundo mandato, caso ele seja reeleito", disse. Por isso, ele afirma que “é melhor usar o cronograma original da NASA de 2028 para ter uma missão bem-sucedida, segura e econômica em benefício do povo americano e o mundo”.

Bridenstine foi nomeado por Trump para dirigir a agência espacial, mas demonstrou uma abordagem bipartidária, o que rendeu aplausos tanto de legisladores republicanos quanto de democratas. Ele afirma que, quando se tornou administrador, perguntou aos planejadores da NASA quando seria possível levar humanos de volta à Lua com segurança, e a resposta que ele recebeu foi 2024. "Isso não é uma garantia", disse ele, "mas está dentro do que é possível. Muitas coisas têm que dar certo para que isso aconteça."

Serrano e outros membros do comitê levantaram questões sobre custo. A NASA pediu um adicional de US$ 1,6 bilhão para o ano fiscal de 2020, mas não especificou o custo total do Programa Artemis, ou seja, o orçamento ao longo dos anos entre 2020 e 2024. Para Serrano, seria “irresponsável aceitar o primeiro passo” sem saber qual será o custo total. Bridenstine respondeu que a NASA está trabalhando com a Casa Branca e o Conselho Nacional do Espaço para encontrar um valor total para possibilitar o programa Artemis, e acrescentou que divulgará o resultado em fevereiro de 2020. "Isso não é aceitável", disse o deputado Matt Cartwright, democrata da Pensilvânia. "Você precisa saber o custo total".

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No fim do encontro, Serrano declarou que não aprecia o financiamento proposto pela Casa Branca para o adicional de US$ 1,6 bilhão no ano fiscal de 2020. A Câmara e o Senado devem finalizar suas propostas de orçamentos para 2020 e chegar a um acordo final, mas o cenário fica mais confuso com o processo de impeachment do presidente Trump em andamento. Mas, se depender do comitê dirigido por Serrano, talvez a NASA tenha que esperar por mais quatro anos antes de levar humanos de volta à Lua.

Fonte: ArsTecnhica