Publicidade

Colisão rara? Um planeta inteiro desapareceu nas observações do Hubble!

Por  | 

Compartilhe:
ESA/NASA/M. Kornmesser
ESA/NASA/M. Kornmesser

Um exoplaneta descoberto pelo telescópio Hubble em 2004 desapareceu por completo - e, a menos que exista algo parecido com a Estrela da Morte destruindo mundos por aí, como no universo Star Wars, isso não deveria acontecer. Astrônomos estão procurando uma explicação plausível para o ocorrido, e um novo estudo sugere que, na verdade, não havia nenhum planeta ali.

Conhecido como Dagon, ou Fomalhaut b, e localizado a 25 anos-luz da Terra, o exoplaneta (nome dado àqueles que orbitam estrelas que não o Sol) era famoso por ter sido um dos primeiros já descobertos em luz visível pelo Hubble. Quando os astrônomos o viram pela primeira vez, o Dagon apareceu como um ponto brilhante e frio se movendo rapidamente pelo céu. Dez anos depois, esse ponto havia desaparecido.

E há outros mistérios que cercam Dagon. Por exemplo, o brilho dele, que permitiu ao Hubble mostrá-lo em luz visível, é muito incomum em exoplanetas. Geralmente esses mundos distantes são pequenos demais para refletirem essa quantidade de luz de sua estrela anfitriã. Além disso, o Fomalhaut b não mostrou assinatura de luz infravermelha, o que significa que estava extremamente frio - outra vez, algo incomum para um planeta.

Uma proposta apontada por um novo estudo é que o objeto poderia ser, na verdade, uma vasta nuvem de poeira em expansão, produzida em uma colisão entre dois grandes corpos que orbitam a estrela Fomalhaut. O artigo foi publicado na última segunda-feira (20) na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

Canaltech
O Canaltech está no WhatsApp!Entre no canal e acompanhe notícias e dicas de tecnologia
Continua após a publicidade

Essa hipótese explica os mistérios sobre o brilho e a temperatura do objeto. Se estiver correta, os pesquisadores calculam que essa nuvem de detritos se expandiu tanto que agora tem um diâmetro maior que a órbita da Terra ao redor do Sol. Mas ainda é cedo para encerrar o caso do exoplaneta desaparecido. Os pesquisadores terão que estudar o sistema estelar de Fomalhaut com mais detalhes antes de chegarem a uma conclusão definitiva.

Fonte: NASA