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Civis da missão comercial Polaris Dawn farão spacewalk mais arriscado até hoje

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Polaris Program
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A missão Polaris Dawn, da SpaceX, foi adiada devido a condições meteorológicas desfavoráveis e ainda não tem data para acontecer. Quando for lançada, Anna Menon, Scott Pottet, Jared Isaacman e Sarah Gillis vão viajar na cápsula Crew Dragon rumo à órbita da Terra — e dois deles vão conduzir o spacewalk mais perigoso já feito em uma missão de civis.

Quando astronautas realizam uma atividade extraveicular (ou uma caminhada espacial) na Estação Espacial Internacional, eles vestem trajes espaciais e entram em uma sala vedada. O ar é removido somente de lá antes de irem ao espaço, o que permite manter a atmosfera no restante da estação.

No caso da Polaris Dawn, a operação vai ser diferente. A tripulação deve passar cinco dias em órbita, e o spacewalk deve acontecer no terceiro. A Crew Dragon não tem câmara de descompressão, o que significa que a espaçonave vai ser completamente despressurizada.

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Somente Isaacman e Gillis vão realizar o spacewalk, mas os demais tripulantes vão precisar usar os trajes espaciais de atividade extraveicular. “Você estão jogando fora toda a segurança do seu veículo, certo? E aí tem seu traje, que se torna sua espaçonave”, comentou Isaacman. 

Aliás, até os trajes oferecem algum risco. Eles são novos e, obviamente, passaram por inúmeros testes em câmaras de vácuo, mas qualquer equipamento novo costuma ser mais perigoso que aquele já usado em condições reais. 

Para completar, a tripulação planeja ficar a 1.400 km da Terra, a maior distância já alcançada por humanos desde o fim do programa Apollo. Enquanto isso, eles vão precisar enfrentar também a radiação no espaço e possíveis impactos de micrometeoritos. 

Vale lembrar que não existem missões espaciais e muito menos spacewalks livres de riscos. “Embora toda atividade extraveicular tenha perigos, não diria que esta é extraordinariamente perigosa. Eles passaram por cada cenário, eles têm reservas e redundâncias para cada cenário, estão muito bem preparados”, observou Laura Forczyk, consultora independente na indústria espacial.  

Fonte: NewScientist