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Cinco supernovas são descobertas entre os dados do aposentado telescópio Spitzer

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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ESO / L. CALÇADA
ESO / L. CALÇADA
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Embora as supernovas estejam entre os eventos mais energéticos do universo e os astrônomos saibam estimar quantas deveriam ser detectadas pelos telescópios, não é muito fácil encontrá-las. A discrepância entre a previsão dos modelos e as observações incomoda os cientistas há algum tempo, mas um novo estudo acaba de apontar o problema e mostrar um caminho para resolvê-lo.

Um dos obstáculos para observar supernovas é a poeira cósmica, formada por pequenas partículas que formam nuvens gigantescas e opacas. São essas nuvens que dão origens às novas estrelas, mas uma região muito "empoeirada" também atrapalha a observação, porque essas partículas absorvem e espalham a luz visível. No entanto, isso não ocorre com a luz infravermelha, e este foi o trunfo dos autores do novo estudo.

Para saber se a luz infravermelha permitiria encontrar supernovas "escondidas", os pesquisadores decidiram procurar nos dados da missão Spitzer, um telescópio já aposentado da NASA, especializado nesse comprimento de onda. Ao procurar por possíveis candidatos, a equipe selecionou um conjunto de 40 galáxias infravermelhas luminosas (LIRGs) e ultraluminosas (ULIRGs), e acabaram por encontrar cinco supernovas que haviam passado despercebidas na luz óptica.

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De acordo com o cientistas Ori Fox, principal autor do estudo publicado no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, "esses resultados com o Spitzer mostram que as pesquisas ópticas nas quais confiamos há muito tempo para detectar supernovas perdem até metade das explosões estelares que acontecem no universo". A boa notícia é que, agora, os astrônomos saberão como procurar por supernovas em outras galáxias no futuro.

Outro ponto positivo da descoberta é que a quantidade de supernovas encontradas leva as observações para mais perto das previsões de modelos de formação estelar. É possível que, agora, cientistas vasculhem ainda mais os dados do Spitzer à procura de outras candidatas a explosões de estrelas, mas o melhor é que os telescópios de próxima geração — como o Nancy Grace Roman e o James Webb — também serão grandes detectores de luz infravermelha.

Fonte: NASA