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Cinco segredos dos "Júpiteres quentes" foram revelados em novo estudo

Por| Editado por Rafael Rigues | 28 de Abril de 2022 às 13h40

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ESA/Hubble, N. Bartmann
ESA/Hubble, N. Bartmann

Os exoplanetas conhecidos com “Júpiteres quentes” têm mais metais do que o previsto pelos modelos astrofísicos, sugerindo que eles talvez se formem de maneira um pouco diferente do que os astrônomos acreditavam. Essa é apenas uma das descobertas de um novo estudo, que analisou 25 mundos dessa categoria.

O estudo teve como objetivo analisar as tendências de planetas semelhantes a Júpiter que orbitam suas estrelas a distâncias bem menores que nosso gigantesco vizinho. Alguns ficam tão perto de suas estrelas que completam uma volta ao redor delas em apenas 30 horas, algo que Júpiter faz em 11 anos.

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Para isso, os pesquisadores analisaram dados de cerca de 1.000 horas de observações dos 25 exoplanetas selecionados para o estudo. Assim, eles conseguiram responder algumas perguntas que estudos anteriores não conseguiram resolver de forma conclusiva nos últimos anos.

Entre as descobertas, os pesquisadores descobriram que os lados noturno e diurno dos Júpiteres quentes sofrem uma variação de temperatura extrema, que chega a centenas de graus centígrados do dia para a noite. Eles também descobriram que muitos deles tinham atmosferas termicamente invertidas, ou seja, com temperatura aumentando com a altitude.

O aumento de temperatura na atmosfera superior parece ser causado pela presença de elementos metálicos, tais como óxido de titânio, óxido de vanádio e hidreto de ferro. Esses elementos parecem absorver a luz da estrela, aquecendo a atmosfera, assim como a camada de ozônio faz na Terra.

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Também foram encontrados alguns Júpiteres quentes com menor quantidade de água do que o esperado; outros possuíam mais metais do que o previsto pelos modelos astronômicos. Essas duas variantes implicam que, talvez, esses planetas se formaram de maneira diferente do que se imaginava.

Pesquisas como essa podem ajudar a responder perguntas sobre a evolução do nosso próprio Sistema Solar. O novo estudo é um dos maiores levantamentos de atmosferas de exoplanetas já realizados e foi publicado no The Astrophysichal Journal.

Fonte: ESAUCL, The Astrophysical Journal