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Cientistas querem enviar sonda para estudar Urano e suas luas na próxima década

Por| 30 de Julho de 2020 às 14h30

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NASA/Erich Karkoschka (Univ. Arizona)
NASA/Erich Karkoschka (Univ. Arizona)
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Recentemente, o Dr. Richard Cartwright, cientista pesquisador do Instituto SETI, ao lado da Dr. Chloe B Beddingfield, cientista do Centro de Pesquisa Ames da NASA, publicaram um artigo, apoiado por mais de 100 autores, onde solicitam uma missão que enviaria uma sonda com destino a Urano e suas luas. No relatório, eles apontam que essa missão deve ser planejada e lançada até a próxima década para aproveitar a rara oportunidade de receber o impulso da gravidade de Júpiter, acelerando a viagem.

Essa missão não seria apenas uma oportunidade de descobrir mais sobre que o planeta gasoso tem a oferecer, mas seria também uma chance de verificar o que suas luas podem guardar. Como as únicas imagens que, hoje, temos da superfície das luas de Urano não estão em boa resolução, a missão seria uma excelente oportunidade de obter imagens mais nítidas da superfície desses satélites naturais, permitindo, ainda, um entendimento cada vez melhor suas características geológicas.

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Além disso, se essa pequena ajuda da gravidade jupiteriana for aproveitada, a missão chegará a Urano mais rapidamente, o que implica em um melhor aproveitamento da fonte de energia que irá impulsionar a nave. Ainda, haveria a possibilidade de monitorar um evento raríssimo: o equinócio, que ocorre quando a luz solar é distribuída igualmente entre os dois hemisférios do planeta. Este fenômeno poderia proporcionar uma riqueza de dados sem precedentes.

Essa possível missão está no terceiro lugar da fila de prioridades das últimas missões da década. Se for selecionada pela NASA, a equipe deverá se preparar para a missão utilizar a assistência gravitacional de Júpiter entre 2030 e 2034, para chegar ao sistema de Urano no início de 2040.

Por que estudar justo Urano?

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Entre tantos outros planetas que poderiam apresentar potencial biológico mais vantajoso, por que enviar uma missão justamente a Urano? Bem, o pesquisador Dr. Cartwright vê boas justificativas para a empreitada: ele aponta que os dados que temos de Urano são escassos, e a maior parte foi coletada remotamente nos últimos 30 anos.

Por isso, uma missão orbital no planeta poderia aumentar - e muito - nossa compreensão de um dos mundos menos estudados do Sistema Solar. Essa seria uma excelente oportunidade para coletarmos dados sobre o planeta, seus discretos anéis, sua magnetosfera e, quem sabe, até descobrir novas luas por lá. Todas essas informações poderiam ajudar a responder diversas perguntas que os astrônomos ainda têm sobre nosso quintal espacial.

E vale lembrar o potencial que o planeta guarda para a busca da vida: as luas de Urano têm características únicas que precisam de um olhar mais cauteloso, como as interações que exercem umas sobre as outras. Caso elas tenham oceanos abaixo de suas superfícies congeladas, podem representar possibilidades para a busca de formas de vida.

Fonte: Phys