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Cientistas finalmente podem prever quando céu de Marte brilhará VERDE de auroras

Por  • Editado por Melissa Cruz Cossetti | 

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Unsplash/Adithya Holehonnur
Unsplash/Adithya Holehonnur

Cientistas anunciaram o desenvolvimento de novos métodos para prever quando o céu de Marte vai brilhar em verde com auroras. As novidades foram divulgadas no dia 10 de setembro, durante o Europlanet Science Congress – Division for Planetary Sciences (EPSC–DPS), em Helsinque, na Finlândia.

A primeira vez que um espetáculo de luz verde foi registrado diretamente da superfície marciana foi em 2024, com o rover Perseverance, da NASA. Agora, a pesquisadora da Universidade de Oslo, Elise Knutsen, destaca que também conseguiu observar o fenômeno no Planeta Vermelho, além de desenvolver um método para prever quando ele ocorrerá.

"O fato de termos capturado a aurora novamente demonstra que nosso método para prever auroras em Marte e registrá-las funciona", afirmou Knutsen em comunicado.

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Como acontecem as auroras verdes marcianas?

As auroras são produzidas quando uma ejeção de massa coronal (EMC) do Sol libera partículas energéticas que colidem com moléculas na atmosfera de um planeta, fazendo-as brilhar.

Em Marte, o brilho ocorre em tom esverdeado porque as partículas solares interagem principalmente com átomos de oxigênio localizados em altitudes elevadas da atmosfera.

Além disso, o Planeta Vermelho não possui um campo magnético global capaz de direcionar as partículas carregadas para os polos, como acontece na Terra. Por isso, as auroras marcianas podem ser vistas em todo o lado noturno do planeta.

Mas a mesma radiação solar que causa esse fenômeno luminoso também pode representar risco para astronautas em futuras missões, o que torna fundamental prever quando esses eventos vão ocorrer.

Método para prever auroras em Marte

Entre 2023 e 2024, Knutsen e sua equipe programaram as câmeras SuperCam e Mastcam do rover Perseverance para observar o céu após ejeções de massa coronal atingirem Marte.

Essas observações precisam ser agendadas com três dias de antecedência, já que as equipes na Terra precisam planejar, validar e transmitir os comandos ao rover.

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No total, foram realizadas oito tentativas, sendo que, as três primeiras, não foi possível detectar auroras.

Mas os pesquisadores observaram que as EMCs não tinham sido nem tão rápidas, e nem tão intensas a ponto das partículas serem aceleradas na direção de Marte e gerarem auroras.

"Posteriormente, buscamos progressivamente EMCs mais rápidas e intensas, e foi aí que encontramos nossas duas primeiras detecções”, ressaltou Knutsen.

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Ainda assim, os cientistas destacam que nem todas as EMCs intensas resultam em espetáculos luminosos, já que não foram registradas auroras em três das últimas tentativas.

"Estatisticamente, também há um certo grau de aleatoriedade nessas observações. Às vezes simplesmente não temos sorte. Isso talvez não seja tão surpreendente, já que prever a aurora na Terra com precisão de minutos também não é uma ciência exata”, acrescentou a pesquisadora da Universidade de Oslo.

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Fonte: Europlanet

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