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Chuva de meteoros Geminídeas terá pico de atividade entre 13 e 14 de dezembro

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Flickr/Diana Robinson
Flickr/Diana Robinson

A Geminídeas é uma das chuvas de meteoros mais aguardadas do ano e o fenômeno está prestes a atingir o seu pico de atividade. Conhecido por seus meteoros coloridos, o evento deve registrar o ápice na noite do dia 13 para a madrugada do dia 14 de dezembro.

O fenômeno será visível em todo o território brasileiro, com moradores das regiões Norte e Nordeste tendo uma pequena vantagem visual devido à posição da constelação de Gêmeos — radiante da chuva —, que surge mais ao norte.

Uma das principais características da Geminídeas é a sua origem. Ao contrário da maioria das chuvas de meteoros, que vêm de cometas, os fragmentos deste evento têm como origem o asteroide 3200 Phaethon.

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Esse corpo celeste tem composição rochosa e metálica, fatores que contribuem para que os meteoros apresentem cores variadas.

"Eles podem ter uma cor mais alaranjada ou amarelada, que reflete o átomo de sódio, ou serem um pouco mais azulados e esverdeados por causa de uma presença maior do magnésio naquele fragmento que está entrando em combustão”, explica Thiago Signorini Gonçalves, astrônomo do Observatório do Valongo (UFRJ) e apoiado pelo Instituto Serrapilheira.

 Intensidade da Geminídeas

Outro destaque desta chuva de meteoros será a sua intensidade. A expectativa é de que, sob condições ideais — como céu escuro e ausência de nebulosidade ou poluição luminosa —, a taxa de meteoros possa chegar a cerca de 150 por hora no pico de atividade.

"Há cerca de 20 anos, a taxa esperada para as Geminídeas era de aproximadamente 40 a 50 por hora, mas nos últimos anos essa taxa aumentou, chegando a 120, até 150, o que é uma taxa bem intensa. É realmente uma chuva bastante ativa”, ressalta Signorini.

Melhor horário para observar a chuva de meteoros

Um fator crucial para as altas expectativas em torno da Geminídeas deste ano é a fase da Lua, uma vez que o satélite natural estará na fase minguante. Com somente cerca de 30% de iluminação, essa condição garante um céu escuro, ideal para a observação dos rastros luminosos no horizonte.

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De acordo com Guilherme Bellini, membro do Observatório Didático de Astronomia "Lionel José Andriatto" da Universidade Estadual Paulista (UNESP), o ideal é iniciar as observações por volta das 22h do dia 13 de dezembro, com a atividade se intensificando ao longo da madrugada.

“A chance de ver meteoros aumenta conforme a noite avança: o radiante da Geminídeas ‘sobe’ e fica melhor posicionado por volta da meia-noite e madrugada — até as 2h ou 3h —, sendo esse o período ideal para observar a maior taxa de meteoros”, destaca Bellini.

Dicas de observação da Geminídeas

Os especialistas destacam que não é necessário utilizar nenhum equipamento de observação para visualizar os meteoros. O uso de telescópios e binóculos, inclusive, é desaconselhado para este tipo de evento.

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"A observação a olho nu continua sendo a regra, especialmente porque os meteoros cruzam o céu com rastros amplos e em várias direções. Binóculos ou telescópios inevitavelmente limitam o campo de visão”, explica o membro do Observatório da Unesp.

Outro fator determinante é o ambiente escolhido para observar a Geminídeas. Segundo Thiago Signorini, a poluição luminosa é o maior inimigo dos observadores e a fuga dos centros urbanos é uma das principais dicas para visualizar o maior número possível de meteoros.

"Se você conseguir ter uma visão mais aberta do céu na direção Norte, seria ideal. É fundamental estar longe de centros urbanos, pois a poluição luminosa dificulta a observação de objetos mais fracos. O melhor é estar num lugar o mais escuro e isolado possível para conseguir ver melhor os traços dos meteoros atravessando o céu”, pontua o astrônomo do Observatório do Valongo.

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