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Chinesa i-Space falha em segundo lançamento seguido com foguete Hyperbola

Por| Editado por Patricia Gnipper | 04 de Agosto de 2021 às 09h10

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Reprodução/iSpace
Reprodução/iSpace

Nesta semana, foi realizado um novo teste de voo com o foguete Hyperbola-1, da startup chinesa i-Space. O foguete foi lançado durante a madrugada de segunda-feira (3) das instalações do Jiuquan Satellite Launch Center, na China, mas apresentou uma anomalia pouco após deixar a base. Com o ocorrido, o satélite que levava não chegou à órbita. Esta é a segunda falha que acontece em um foguete Hyperbola-1 em menos de seis meses.

Ainda não há informações detalhadas sobre o problema e a mídia estatal chinesa Xinhua descreveu o problema como “uma performance anormal identificada durante o voo”. Esta é a segunda perda seguida experienciada pela i-Space, uma das primeiras empresas de lançamentos comerciais da China, sendo também aquela que mais recebe apoio financeiro no país — somente no ano passado, a i-Space recebeu US$ 173 milhões para uma nova série de veículos de lançamento.

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A outra falha recente com o foguete aconteceu em fevereiro de 2021, quando a i-Space tentou lançar o satélite Fangzhou-2 (Ark-2) para a órbita com o foguete, que acabou apresentando uma anomalia um pouco após deixar a base — imagens publicadas em redes sociais mostraram haver fumaça saindo da parte frontal do veículo, a qual se desintegrou instantes depois.

Aquele lançamento foi o segundo da empresa e, somado ao desta semana, pode sinalizar algumas consequências para o mercado de lançamentos de foguetes na China, já que outras podem tentar preencher a lacuna aberta pela i-Space — a Galactic Energy, por exemplo, é a segunda empresa do país que conseguiu levar cargas úteis à órbita, e já planejam realizar dois lançamentos com o foguete Ceres-1 nos próximos meses.

Até o momento, somente quatro empresas privadas da China tentaram realizar lançamentos com foguetes de propelente sólido, sendo que apenas alguns deles tiveram sucesso. Em paralelo, as companhias chinesas também vêm tentando usar veículos lançadores alimentados por propelente líquido complexo, e algumas podem ainda arriscar desenvolver primeiros estágios reutilizáveis.

Fonte: Space.com, SpaceNews